"Ele sabe o que assusta vocês!"

“Antes era o escuro que metia medo; agora passa a ser a luz...” De uma dimensão para além dos vivos, um terror que aniquila.
Da tela sem vida da televisão vem o horror que nos arrebata...POLTERGEIST, É a destruição apossando-se de uma criança inocente.

sábado, 23 de maio de 2015

Remake de Poltergeist - O Fenômeno estreia mas não decola



Finalmente estreou nos cinemas o remake de Poltergeist – O Fenômeno e claro que eu fui lá dar uma olhadinha. Confesso que fiquei bastante decepcionado com o que assisti. É óbvio que para quem já assistiu o original, façamos as comparações necessárias entre os dois, assim como toda obra que é repaginada.



Não que seja um filme realmente ruim, apenas não diz a que realmente veio, dá a impressão que foi feito porque tinha que ser, porque está na moda refilmar clássicos dos anos 80. Saí do cinema decepcionado, com a sensação de que estava faltando algo no que vi, parecia que eu estava assistindo mais um famigerado “Atividade Paranormal” ou mais um daqueles remakes de filmes japoneses. É claro que devemos levar em consideração que o primeiro filme, na época em que foi lançado, fazia bem mais sentido a história. Era 1982, quando Ronald Reagan começava seu mandato como presidente, e o neoliberalismo ganhava força. Nesse mesmo momento, a vida nos subúrbios era cercada de eletrodomésticos e dava a (falsa) ideia de conforto. Steven Spielberg, no roteiro, e Tobe Hooper, na direção, mostraram que nem a própria e confortável casa suburbana era um local seguro. Os espíritos malignos, os Poltergeists do título, eram a materialização dos maiores medos da classe média, tão pré-moldados e estandardizados como a infinidade de casinhas que compõem o seu bairro. 



Em 2015, o cenário é outro: não se existe mais essa ideia de segurança – o 11 de Setembro, por exemplo, mostrou aos norte-americanos que ninguém está seguro. O remake, cujo roteiro é assinado pelo dramaturgo David Lindsay-Abaire, parece perder um pouco do que teria a dizer, pois o roteiro adentra a era do terror contemporâneo, sobrepondo estímulos assustadores, partindo para a lógica de que mais é melhor. 
O início do filme altera sensivelmente a história e os temas em relação ao Poltergeist original, de 1982. As torres elétricas na vizinhança são filmadas diversas vezes, como elemento imponente e assustador, enquanto o título do filme aparece como uma sombra no terreno vazio, que se torna uma bela metáfora do que está por vir. É um filme de terror adaptado aos tempos modernos, estabelecendo relações com a onda de desemprego, a especulação imobiliária, a era das celebridades instantâneas e principalmente a nossa relação com a tecnologia, o que vai desde a presença de furadeiras até televisores, telefones, tablets e drones, a nossa obsessão por esses equipamentos.
Depois de trinta minutos sugerindo a aparição de fenômenos assustadores, o roteiro apresenta todas essas cenas de uma só vez. Dentro da casa, cada um dos três filhos é atingido por uma grande manifestação sobrenatural, retratada em montagem paralela. Infelizmente, esta escolha enfraquece as cenas – duas delas antológicas, retiradas da trama original – que não possuem a força ou o tempo necessário para se desenvolver. Quando o espectador começa a temer por uma das crianças, a imagem corta para mostrar o sofrimento da outra, no cômodo ao lado.
As irrupções simultâneas de demônios, brinquedos possuídos e gosmas no chão fazem de Poltergeist um produto semelhante a filmes de terror atuais, nada de novo, mas nas cenas de ação a produção demonstra seu domínio em efeitos especiais, como a cena da árvore que é muito bem feita, até mais do que os espíritos malignos que estão na casa.


Vamos às comparações com o original de 1982 e o remake de 2015:
 
O filme



O POLTERGEIST – O FENÔMENO original, é um clássico filme de terror que foi lançado de forma perfeita e beneficiou a carreira dos dois responsáveis que deram vida a ele. Com direção de Tobe Hooper (O Massacre da Serra Elétrica) e produção de Steven Spielberg, eles fizeram mais do que apresentar alguns fantasmas insignificantes de um filme "B". Ele trouxe mais do que alguns momentos verdadeiramente assustadores, mas também cenas marcantes, frases de feitos e personagens cativantes, uma quantidade significativa de charme que cativou o filme e os personagens na consciência coletiva do público. Estes foram alguns dos pontos que costumam ser destacados por qualquer crítica sobre a obra original, marcando uma época e lembrado até hoje como uma das melhores produções de horror realizadas até hoje.

O remake tenta bravamente chegar perto, mas falha por fazer mudanças desnecessárias para o filme e  realmente não faz nada para torná-lo melhor. Eles bem que tentaram atualizar a história para a atualidade introduzindo os problemas financeiros e desemprego do pai, e insegurança da mãe como escritora no enredo. O aumento do papel do filho do meio só serviu para tirar o personagem da mãe de cena quando se tratava de esforços heroicos. E francamente os acontecimentos sobrenaturais que ocorrem na casa, foram de longe bem melhores no original, mesmo que os efeitos pareçam envelhecidos com o tempo, são mais convincentes. O Remake é uma prova de que mesmo com todos os efeitos especiais em CGI do mundo, não substitui uma direção ágil e um roteiro inteligente.
 
A Introdução do filme



Em 1982, o filme começa mostrando o interior da casa dos Freelings. É tarde da noite e todos estão dormindo. A câmera passeia lentamente pelos cômodos. Conhecemos então cada um dos membros da família. Ao final desta sequência, Carol Anne se levanta da cama e desce até a sala, onde o pai está dormindo com a TV ligada em um canal fora de sintonia. A garotinha se aproxima da televisão e começa a “conversar” com o aparelho. Poucas palavras são ditas, mas o suficiente para a família inteira acordar. Ao final, Carol Anne toca a tela do aparelho com as duas mãos, em alusão ao cartaz do filme.

No remake, a ação começa dentro de um carro onde conhecemos a família Bowen, que está em busca de uma nova casa para morar. Ao chegarem ao novo endereço, descobrimos que o chefe da família perdeu o emprego e todos estão se adaptando a esta realidade. A nova casa parece ser tudo o que eles precisam e podem pagar. Nada de muito sobrenatural acontece nesta introdução.

A Família




A família original era composta pelo pai Steve (Craig T Nelson), a mãe Diane (JoBeth Williams), a filha mais velha Dana (Dominique Dunne), o filho do meio Robbie (Oliver Robins) e a caçula Carol Anne (Heather O’Rouke), e para não esquecer, o cãozinho E. Buzz. Um dos pontos mais funcionais da trama foi o de trabalhar com o drama que estes personagens passaram a sofrer depois que a pequena Carol Anne foi sequestrada. Aqui, a figura de Diane é a personagem principal e acaba respondendo com fio mais dramático da trama. É uma história de terror, mas guiada pelo medo e desespero de perder um ente querido. Neste contexto, o público sofre com Diane, que chora quando a alma da garota atravessa a dela. 



E uma das cenas mais icônicas, Diane precisa ir ao mundo espiritual buscar a filha. Ela grita com os espíritos e manda que se afastem das crianças. Outra cena clássica envolvendo a senhora Freeling acontece quando ela cai em uma piscina cheia de esqueletos, é aterrador e sufocante.


No remake, a família é composta pelo pai Sam (Sam Rockwell), a mãe Amy (Rosemarie DeWitt), a filha mais velha Kendra (Saxon Sharbino), o filho Griffin (Kyle Catlett) e a pequena Madison (Kennedi Clements). Diferente da trama original, em momento algum é possível ficar comovido com o sofrimento da nova família. Além disso, a figura da mãe parece estar alheia ao fato da sua filha caçula ter desaparecido e estar rodeada de espíritos querendo se apossar de sua força vital.

Os Pais




Craig T. Nelson e JoBeth Williams foram muito realistas como os pais suburbanos. Nelson era um típico pai dos anos 80 e Williams era uma mãe séria e ferozmente protetora. Os Freelings não demonstravam de forma alguma que tinham forças para lutar com fantasmas, mas em sua luta contra as forças do mal em sua casa, eles convenceram com louvor, como pessoas normais e dispostas a ir tão longe quanto eles tinham que ir, a fim de salvar seus filhos. Eles também interagiram como um sólido casal que deu a seus personagens uma dimensão adicional de realismo genuíno apesar das coisas fantásticas que estavam acontecendo ao seu redor.

Sam Rockwell e Rosemarie DeWitt são bons atores, convencem como casal moderno, mas sinceramente não convencem como pais de uma criança desaparecida ou de crianças em perigo. Pareciam apenas dois atores interpretando.

Carol Anne e Maddie 




Heather O'Rourke na época não era uma atriz mirim profissional, quando Spielberg a viu almoçando com sua mãe nos estúdios da MGM (sua irmã mais velha era a atriz da família na época). Heather  tinha participado apenas de um capítulo em uma série de TV quando conseguiu, aos cinco anos de idade, o papel de Carol Anne. Ela não era um daqueles atores mirins excessivamente precoces de Hollywood, mas apenas uma menina carismática, linda, de olhar meigo e inocente que fez o espectador realmente ficar preocupado com a segurança dela. Era impossível não simpatizar com ela e ficar arrepiado quando ela estava em perigo.



Kennedi Clements é simpática, também muito linda e faz um bom trabalho no papel de Madison, ela dá conta do recado. Mas é apresentada como uma personagem muito comum e fraca e o seu desaparecimento no filme não demonstra muita emoção e desespero como no original. Falta algo. Clements não é nenhuma novata nas telas, ela participou de algumas produções lançadas diretamente em DVD.

O Contato



No original a pequena Carol Anne, após acordar na cama dos pais numa noite de tempestade, escuta os chamados através a estática da TV ligada em um canal que teve a programação encerrada com hino nacional (coisa comum naquela época) e se dirige a ela com uma curiosidade infantil e quando vai tocá-la, uma mão fantasmagórica sai da tele e a toca, passa por ela, sentindo a sua pele quente, a maciez dos seus cabelos, a sensação de vida, de alguém que há tempos não experimenta isso, e através da jovem criança eles voltam a ter essas sensações. Daí a mão fantasmagórica, passa por dentro  da pequena e projeta-se na parede do quarto dos pais, provocando um tremor na casa toda, acordando a todos e deixando-os confusos sem saber o que está havendo, então Carol Anne fala inocentemente a sua famosa frase: “ Eles estão aqui!”.   



No remake, O irmão do meio, acorda no quarto dos pais , pois estava dormindo lá por medo de um esquilo que invadira o seu quarto(sótão) e escuta a voz de Madison vinda do andar de baixo. Curioso ele levanta e caminha em direção do som. Lá embaixo, na sala de estar da casa, ele se depara com Madison parada na frente da TV conversando baixinho, como se estivesse sonâmbula, então ela toca a enorme TV de tela plana, e diversas mão aparecem na tela, como se fossem espíritos presos dentro dela, daí as luzes começa a piscar alguns objetos se movem e Madison fala o bordão : “Eles estão aqui”, meio que sonolenta. Um contato frustrante e muito básico comparado ao de 1982.




A abdução de Carol Anne em 1982 e o sequestro de Madison em 2015



No original, enquanto a família desvia suas atenções para o fato absurdo do filho do meio estar sendo engolido por uma árvore no quintal, a pequena Carol Anne fica sozinha no quarto desprotegida, quando o armário do seu quarto se abre e suga violentamente a garota para dentro de uma luz ofuscante e tenebrosa, uma porta de entrada para o plano espiritual, durante o cair de uma tempestade. A sequência possui um grande impacto dentro da narrativa do filme.

No remake, a ação é desacelerada com Madison sendo enganada pelos espíritos para entrar no armário. Uma vez lá dentro, a garota se vira para a porta e, como em um pesadelo, percebe assustada o quanto está distante da entrada, os espíritos a agarram e a arrastam para a escuridão. Senti falta da luz, da magia, do medo daquele momento.



O Medo em 1982 e o Susto em 2015



O roteiro do original trabalha com uma eficiente construção de medo. Cada sequência, por mais simples que pareça, faz parte de um todo capaz de provocar medo no público que sempre se pega pensando que algo de errado está acontecendo. Além disso, o filme de 1982 possui sequências que são elegantemente construídas e tem-se um encantamento para depois racionalizar o medo. Um dos melhores exemplos desta característica no original acontece quando os espíritos descem as escadas da casa dos Freelings. Antes do medo, a cena é bonita e triste quando a Dra. Lesh afirma como aqueles espíritos são solitários.



No remake não existe esta elegância ou eficiente construção de medo. O filme acaba apelando para o susto fácil com sequências totalmente desnecessárias. Aqui um dos piores exemplos acontece quando o pai pensa ver Madison dentro do armário. Ao se aproximar, a garota de rosto deformado se vira bruscamente para assustar o pai. Além disso, boa parte dos sustos são provocados por movimentos de câmera e efeitos sonoros.




A Trilha sonora



Aqui vamos direto ao ponto. Jerry Goldsmith assinou a trilha sonora do original. Ele simplesmente recebeu em sua carreira 17 indicações ao Oscar de trilha sonora, tendo vencido pelo seu trabalho no filme A Profecia, em 1976. O tema de Carol Anne é um dos mais conhecidos do horror.
 
Marc Streitenfeld já participou de trilhas de grandes filmes como Gladiador, de 2000. O remake de Poltergeist não traz nada de impactante ou diferente do que produções genéricas de terror. Sentimos falta da trilha nas cenas de clímax que vimos no primeiro. O que vemos no remake, é em algumas cenas de susto, o silêncio para dar ênfase ao susto no espectador.
 
O outro lado




No original, Diane entra no plano espectral, conhecido como o outro lado, e passamos a acompanhar a ação no mundo dos vivos. Logo Diane retorna com Carol Anne. Mas mesmo sendo uma passagem rápida pelo outro lado, a ação na casa dos Freelings é tão intensa que não sobra tempo para pensar no que está acontecendo no mundo espiritual. A verdade é que "o outro lado" não foi mostrado por não ter funcionado nos testes de efeitos especiais. Mas o roteiro é tão bem amarrado que isto nunca foi um problema.





No remake com a chegada do especialista em fenômenos, Carrigan Burke (Jared Harris), traz à tona os clichês mais gastos do gênero de terror, uma mistura de Tangina com o Padre Merrin (O Exorcista), que assim que entra na casa, ele faz uma descrição ridiculamente precisa do fenômeno, explicando o plano ideal para salvar a pequena Maddie da assombração que a sequestrou. A tarefa, claro, passa pelo arsenal mais tecnológico possível: câmeras, monitores, fios, televisores, drones entrando no inferno e transmitindo as imagens via iPad.




Daí não apenas temos o outro lado como o vemos com uma riqueza de detalhes. A ambientação é até interessante, pois o que não foi mostrado no filme original, traz para nós espectadores o que acontecia e o que a pequena menina sequestrada passava no outro lado. Porém, o excesso, assim como o exagero de CGI, derrubam a sequência, ou seja, não ver o outro lado é muito mais assustador do que ver um mundo espiritual repleto de esqueletos em CGI. 

O Terrível Palhaço


Um das cenas mais emblemáticas do Poltergeist – O Fenômeno original era com um palhaço que ficava no quarto das crianças. O tal brinquedo era aparentemente normal, mas ao cair da noite, Robbie simplesmente não conseguia dormir de medo daquilo. Sentado em uma cadeira, o palhaço ficava sempre parado olhando para ele, sorrindo, e era isso que o tornava tão assustador. O público tinha a certeza de que algo de ruim poderia acontecer a qualquer momento.


Poltergeist - O Fenômeno 1982

O Ataque do palhaço (Poltergeist - O Fenômeno 1982) 
   
O Ataque do palhaço (Poltergeist - O Fenômeno 2015)

No remake, o palhaço é super esquisito e dificilmente um pai deixaria um brinquedo daquele no quarto de uma criança. O Tal palhaço foi encontrado em um cômodo secreto da casa, como que deixado pelos moradores anteriores. Diferente do original, o novo palhaço anda e podemos ver claramente este movimento em cena. A sutileza do original é muito mais assustadora do que o palhaço do remake.

Dana & Robbie Freeling e Griffin & Kendra Bowen

Com Dominique Dunne (Dana) realmente não se tem muito a fazer em relação ao resto do elenco no filme original, uma adolescente como outra qualquer que passa a maior parte do filme fora da casa com medo e reaparece na cena final, saindo do carro do namorado com uma marca "estranha" no pescoço. Mas Oliver Robins foi destaque em alguns dos momentos mais emblemáticos do filme (o palhaço e a árvore assustadora) e ele fez um grande trabalho. Lembro-me do desespero dele procurando aquele maldito e estranho palhaço embaixo da cama no filme. 




Saxon Sharbino está praticamente no mesmo barco que Dunne, pois é a filha mais velha do casal, assim como também não muito importante na trama. Mas o papel de filho do meio Griffin, foi mostrado no remake com o jovem Kyle Catlett, que teve um ótimo desempenho no filme, como um garoto frágil que tinha medo de sua própria sombra. O contato de  Griffin com o palhaço e a árvore de animação, foram quase fiéis ao original e tão angustiante como, mas o garoto teve seu personagem como o principal do filme, ofuscando o papel da mãe, que era a principal personagem no original, e tornando-se o herói do filme, quando ele entra no outro lado para resgatar sua irmã mais nova. Palmas para Kyle Catlett! 



Os Parapsicólogos de 1982 e os Investigadores Paranormais de 2015 




Quando Carol Anne desaparece, os Freelings vão buscar ajuda na universidade com a investigadora paranormal Dra. Lesh (Beatrice Straight), esta personagem explica para a família o que está acontecendo na casa deles. Segura e esclarecida, a Dra. Lesh vai caminhar ao lado dos Freeelings como uma amiga. Beatrice Straight trouxe o peso de um caminhão em sua atuação (e um Oscar!), para o papel da parapsicóloga, o que a torna uma presença muito bem-vinda à família Freeling e para nós espectadores. Seus assistentes não eram lá muito bons como ela, mas o que  realmente importa, é que a Dr. Lesh foi mais do que importante para aquela família desesperada. 


No remake, fica frágil a apresentação da Dra. Brooke (Jane Adams) como uma pesquisadora desmiolada, excêntrica e muito acadêmica. Todo o conforto e segurança que a Dra. Lesh trazia se perdem com Brooke, que faz a linha paranormal estranha que parece se relacionar melhor com os fantasmas do que com os vivos. Sua equipe foi pouco desenvolvida no filme e pouco se aprofundou na atmosfera fantasmagórica daquela casa.


Tangina Barrons e Carrigan Burke 



Tangina Barrons, um nome esquisito, baixinha, gordinha e de fala infantil, é esta mulher quem vai comandar a operação para resgatar Carol Anne. A frase “Vá para a luz Carol Anne!” dita por ela se tornou um bordão do gênero assim como a dona dele. Zelda Rubinstein trouxe uma gama completa de emoção do calor folclórico, a sabedoria prudente, uma força surpreendente e um pouco de complexidade para que você adivinhasse se ela era realmente uma clarividente ou uma charlatã, se ela era a solução para os problemas dos Freeling ou uma vilã. Apesar da sua fragilidade física, ela era segura e forte, sabia o que estava fazendo, o que a torna um dos grandes trunfos do filme original.





Cientes de que seria impossível recriar Tangina, os produtores do remake optaram por apagá-la no sentido que criaram um personagem masculino, Jared Harris, que foi realmente muito bom como Carrigan Burke. Um investigador paranormal, o “médium da TV” no remake. Eu diria mesmo que um filme focando seu personagem viajando pelo mundo livrando casas de espíritos malévolos, foi interessante de se ver. No entanto, ele não é uma Zelda Rubinstein e seu personagem não teve definitivamente a força de Tangina Barrons. 

Conclusão

Não tenho nada contra remakes de filmes que foram sucesso no passado. É válido, e muito interessante você assistir aquele filme com outro olhar, uma outra direção, com personagens atualizados, efeitos especiais melhores, mais modernos. O Poltergeist original é uma joia rara e acho que merecia uma refilmagem a sua altura. Esta, não foi capaz de capturar qualquer resquício dos sustos e do charme que o filme original fez parecer tão fácil. Mesmo em sua própria versão de 2015, POLTERGEIST – O FENÔMENO, nada mais é do que um bom passatempo, agradável e sem grandes exigências,mas um filme infinitamente esquecível que se despede facilmente da memória antes dos créditos finais começarem a rolar na tela. Em comparação, POLTERGEIST – O FENÔMENO original de 1982, permanece conosco se o vimos pela primeira vez ontem ou há 33 anos atrás.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Mãe de Heather fala pela primeira vez a Revista People após a morte da filha

Abaixo segue uma publicação de revista People de 13 de junho de 1988, onde ela fala pela primeira vez após a morte de sua filha.

Angustiada, mãe de Heather O'Rourke diz por que ela está processando os médicos de sua filha por morte injusta.

Mãe de Heather O'Rourke: "Minha filha não devia ter morrido"

É uma visão estranha. Uma angelical menina de 12 anos está sentada pacientemente em uma cadeira enquanto um maquiador a transforma em um demônio do inferno. Apesar das circunstâncias, seus fantasmas estão em alta. Ela acha que o filme que ela está fazendo em Chicago, Poltergeist III, será grandioso. "Este é realmente bom. Eu acho que é o melhor", diz ela. Ela tinha apenas 5 anos, quando fez o primeiro filme Poltergeist – O Fenômeno, interpretando uma criança sequestrada por espíritos malignos. Ela diz que gostou do primeiro. Mas Poltergeist II, de 1986, não foi tão bom assim. "Eu achei muito chato", diz ela. "Eu não acho que ele assustaria ninguém." 

Heather O'Rourke concedeu esta entrevista em junho passado. Teria sido mais agradável, Heather viajando pelo país agora, promovendo Poltergeist III, que estreia nesta semana. Mas em 01 de fevereiro, sete meses depois que ela terminou de filmar, Heather morreu de parada cardíaca, pulmonar e choque séptico, resultado de uma obstrução intestinal que não foi diagnosticada em tempo. 

A notícia foi surpreendente. Como poderia uma popular estrela infantil morrer assim tão de repente? A mãe de Heather, Kathleen O'Rourke Peele, 38 anos, está furiosa com o que ela acredita ser a resposta. No mês passado, ela entrou com uma ação no Superior Tribunal de Justiça no Condado de San Diego, na Califórnia, alegando que a doença de sua filha foi diagnosticada erroneamente, eventualmente causando a sua morte. Os réus são o Hospital Fundação Kaiser Permanente Southern Califórnia e a Medical Group, um plano no qual os pacientes são tratados por uma equipe rotativa de médicos. Kathleen afirma que ela recebia tratamento desde 30 de março de 1987. O Dr. James Tipton do Hospital Kaiser Foundation de Los Angeles diz que não havia "evidência radiográfica conclusiva para a doença de Crohn (uma inflamação crônica do intestino). "A ação judicial acusa que a operação realizada em Heather no dia em que ela morreu no Hospital e Centro de Saúde Infantil de San Diego, afirmava conclusivamente que ela não tinha a doença de Crohn, mas uma obstrução intestinal aguda devido a uma estenose congênita. "Foi uma obstrução intestinal que provavelmente esteve presente desde o seu nascimento", diz Kathleen. "Os raios X tirados, se examinados corretamente, teriam revelado que este era o tipo de condição que deveria ter sido tratada cirurgicamente. "Diz o porta-voz do Kaiser, Alan Mann: "Revisamos exaustivamente o caso e estamos certos de que o diagnóstico feito e os cuidados prestados, foram precisos". 



O advogado de Kathleen, Sanford Gage, de Beverly Hills, está alegando danos não especificados. "Eles cobrem tanto a perda pessoal (o estresse emocional sofrido pela mãe de Heather) e a perda econômica", diz Gage. "A perda econômica é difícil de projetar, mas a partir de um levantamento preliminar, eu diria que estamos falando de uma carreira que foi muito considerável, talvez um valor maior do que US $ 10 milhões." Gage afirma que a ação não foi intencionalmente apresentada de forma a coincidir com o lançamento de Poltergeist III, "Levei três meses e meio em meu escritório para obter todos os registros e os raios X e colocá-los nas mãos de especialistas médicos", diz ele. 

Sentada no escritório de Gage, Kathleen se dissolve em lágrimas ao falar publicamente sobre a morte de sua filha pela primeira vez. "O primeiro mês foi horrível. Eu tive que me forçar a levantar-se, para comer", diz ela. "Fazer compras era quase impossível. O que Heather mais gostava era organizar tudo por cores, de sapatos a brincos. Outra coisa, eu não poderia entrar na cozinha para cozinhar mais. Heather amava tortas, bolos e biscoitos, e eu usava a cozinha para fazê-los para ela. No começo eu não sabia o que eu estava fazendo e pensava: Por que continuar?”.
O primeiro sinal da doença de Heather, diz Kathleen, apareceu em Janeiro de 1987. Heather estava em casa com sua mãe, o padrasto Jim Peele de 45 anos, e sua irmã, Tammy, agora com 16 anos, em sua casa de madeira com três quartos em Big Bear, Califórnia, a 120 milhas a leste de L.A. A casa simples teria sido comprada com o dinheiro que Heather havia ganhado. Kathleen é casada com Jim, um motorista de caminhão autônomo, em 1984, três anos depois de se divorciar de Michael O'Rourke, um trabalhador da construção que é pai de Heather e Tammy). Heather começou a sentir náuseas. Kathleen levou-a para uma filial do Kaiser em San Diego. Ela tinha se inscrito no plano do Kaiser anteriormente pela união com seu ex-marido. "Eu a tinha a levado para o Kaiser três ou quatro vezes naquele mês", diz Kathleen. "Eles me diziam que ela tinha a gripe." 

Depois, os pés de Heather começaram a inchar. Kathleen levou de volta ao Kaiser, onde eles internaram-na no hospital por alguns dias para exames. Eles descobriram que ela tinha um parasita chamado Giardia e deram-lhe uma droga chamada Flagyl para matá-lo. A droga pareceu funcionar. "Essencialmente, Heather estava bem", diz Kathleen. "Você sabe como são as crianças. Eles correm e pulam de alegria". Mas Kathleen, que se considera uma “mãe superprotetora", levou Heather de volta ao Kaiser para uma visita de acompanhamento antes das filmagens de Poltergeist III começarem. "Eles fizeram um raio X depois de lhe deram um líquido branco parecido com giz de um material de bário para beber", diz Kathleen. "E eles descobriram que o parasita havia morrido, mas ainda havia algum tipo de inflamação. Eles concluíram que ela tinha a doença de Crohn, e medicaram-na com cortisona e sulfa." 

Durante o tempo em que estiveram em Chicago para filmar Poltergeist III, de abril a junho, não apareceu nenhum sintoma, diz Kathleen. No entanto, ela demorou para levar Heather a um médico particular para ver se ele dava alta a ela da cortisona, que tinha causado inchaço em seu rosto. "Ela estava um pouco envergonhada de suas bochechas de esquilo", diz Kathleen. Heather foi diminuindo gradualmente a quantidade de remédios, e em setembro o rosto dela voltou a suas proporções normais. "Ela ficou encantada", lembra Kathleen. 

Para comemorar o fim da agitação com as filmagens, Heather, sua mãe e seu padrasto motorista de caminhão e entraram na cabine de seu caminhão com 18 rodas e passaram dois meses, julho e agosto de 1987, dirigindo de Chicago para a Disney World, na Flórida e depois voltaram para L.A. " Foram as férias de uma vida ", diz Kathleen. "A saúde de Heather parecia excelente." 

Pouco antes de estrear Poltergeist III, a família dela havia se mudado de Big Bear (os médicos do Kaiser tinham dito a Kathleen que os parasitas eram mais comuns em regiões montanhosas), para um apartamento grande de dois quartos em Lakeside, Califórnia. Parecia não haver mais nenhum motivo para alarme, até domingo, 31 de janeiro, 1988, quando Heather acordou vômitando. Durante o dia, Kathleen fez Heather beber Gatorade, que os médicos Kaiser haviam recomendado como um remédio para o estômago. Na manhã seguinte, 01 de fevereiro, Heather acordou e informou a sua mãe que estava indo para a escola. "Eu disse a ela: “Não, você não vai!", diz Kathleen, que tentou alimentá-la com algo leve. Ela disse: “Eu não estou conseguindo nem engolir”. Então eu notei seus dedos dos pés estavam ficando azuis, e ela começou a respirar pesadamente. Seu estômago foi crescendo. Liguei para o nosso médico local em seu gabinete e ele disse: “Tragam-na imediatamente para cá!”. Cerca de 20 segundos depois, ela caiu no chão desmaiada. Foi quando eu chamei os paramédicos ". 

Sofrendo de choque séptico, Heather ainda estava consciente quando os paramédicos chegaram. Quando alguém perguntou se ela estava se sentindo mal, ela disse: "Um pouco." No caminho para a ambulância Kathleen disse que ela falou para Heather: "Eu te amo", e Heather respondeu: "Eu também te amo". Essas foram as últimas palavras que mãe e filha trocaram. 

A ambulância levou menos de dez minutos para chegar no American International Hospital Medical em El Cajon, a oito milhas da casa de Heather. Ela sofreu parada cardíaca e perdeu a consciência. Os paramédicos tentaram reanimá-la. Ela chegou lá às 9:25h, e já estava "tecnicamente morta", diz Kathy Beaudoin, a chefe de enfermagem. Depois que os médicos a ressuscitaram, a levaram de helicóptero para o hospital do Centro de Saúde Infantil de San Diego, a cerca de 20 milhas de distância, onde ela chegou às 10: 45h já em estado crítico. Kathleen chego depois no prédio do El Cajon com marido Jim, pois não tinham sido autorizados a viagem na ambulância. 

No Hospital Infantil, Kathleen e Jim foram informados que Heather havia sofrido uma parada cardíaca e que suas pupilas estavam fixas, o que poderia significar que ela tinha sofrido danos cerebrais. Suspeitando de uma obstrução intestinal, os médicos pediram autorização a Kathleen e Jim para realizar uma cirurgia exploratória em seu abdômen. Eles concordaram. Ao abrirem ela, encontraram um intestino obstruído, os médicos corrigiram a obstrução. "Mas já era tarde demais", diz Gage, o advogado. "Ela já estava muito distante". Às 14:43h, ela foi declarada morta. "Eu fiquei em estado de choque", diz Kathleen. "Eu me senti como se alguém estivesse enfiando uma faca em mim e enfiando...". 

O funeral aconteceu em 4 de fevereiro no Lakeside Memorial Chapel. No dia seguinte, ela foi velada no Pierce Brothers, em Westwood, Califórnia. "Em um caixão aberto”, diz Kathleen. Antes do caixão ser fechado, Kathleen pôs um colar de ouro no pescoço de Heather que tinha as letras “FRIEND” penduradas. Ela ficou com a outra parte do colar que continha as letras “MELHOR”, as quais juntas formavam as palavras “MELHOR AMIGO”. “Heather me deu no Natal. Ela costumava dizer a seus amigos que eu não era apenas a sua mãe e sim sua melhor amiga”. 

Kathleen mostra partes de uma colcha de retalhos que ela está fazendo em memória de Heather. Cada quadrado do pesado pano branco, foi impresso em cores diferentes com fotos de Heather, sua família, seus amigos, anúncios dos filmes Poltergeist e fotos publicitárias. "Quando eu perdi Heather, foi como se eu tivesse perdido minha própria sombra", diz Kathleen, segurando as peças ainda soltas em suas mãos. Seja qual for o desfecho da ação judicial, Kathleen diz, "a minha vida nunca mais será a mesma." 

Por John Stark, com Eleanor Hoover em Los Angeles e Peter Keogh em Chicago 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Estréia em 21 de Maio nos Cinemas!!! - Poltergeist - O Fênômeno

Olá!
Abaixo separei dois trailers que estão sendo divulgados na mídia sobre o lançamento do remake de Poltergeist - O Fênômeno nos cinemas. Tá bem pertinho...21 de maio nos cinemas!!!!!


Poltergeist - O Fenômeno(Spot para TV de 2015) Legendado em  HD



Poltergeist - O Fenômeno (Trailer em HD Legendado/2105 nos cinemas)





segunda-feira, 4 de maio de 2015

Heather O'Rourke



Heather Michele O'Rourke, nasceu em 27 de dezembro de 1975, em Santee, San Diego, Califórnia. Fez parte da cultura pop cinematográfica americana antes mesmo de entrar na primeira série. Sua marca registrada eram seus grandes olhos azuis e seu imenso e liso cabelo loiro. 



Faleceu no Hospital Infantil de San Diego pouco depois do lançamento do terceiro filme da série Poltergeist, em 01 de Fevereiro de 1988, aos 12 anos. Foi uma atriz mirim estadunidense, conhecida pelo papel de Carol Anne Freeling na trilogia dos filmes "Poltergeist".

  Resultado de imagem para capa dos filmes de poltergeist  

Filha de Kathleen O'Rourke e Michael O'Rourke. Sua mãe trabalhava como costureira e seu pai era um trabalhador da construção. Ela tinha uma irmã mais velha, Tammy O'rourke. Kathleen e Michael divorciaram-se em 1981 e Katlhleen casou-se com o motorista de caminhão, James A. "Jim" Peele em 1984. Após o divórcio de seus pais, Heather raramente viu seu pai biológico e chamava seu padrasto "PAI".

Heather e sua mãe e melhor amiga Kathleen O'Rourke



Heather acima com seu pai biológico Michael O'Rourke

 
Da esquerda para a direita: Heather, seu padrasto Jim, sua irmã Tammy e sua mãe Kathleen

 Fotos de Heather e sua irmã Tammy



Heather, sua mãe e seu padrasto

Antes de Heather começar a atuar, a família dela vivia em um trailer em Anaheim . Seu sucesso mais tarde permitiu a família comprar uma casa em Big Bear Lake, Califórnia. Entre os trabalhos de atuação, Heather estudava na Big Bear Elementary School, onde ela era presidente de sua classe. No época da sua morte, a família estava morando em Lakeside, Califórnia. 



Ela começou a aparecer na televisão com três anos de idade em inúmeros comerciais antes da sua aparição em Poltergeist - O Fenômeno (1982), principalmente em comerciais da Mattel e McDonalds. Ela começou como modelo em 1979 para a Mattel com os blocos "Tuff Stuff" e a boneca Barbie. Heather nunca teve aulas de interpretação, ela já lia aos 5 anos e nunca se recusou a dar um autógrafo. Atuou em sua biblioteca da escola secundária, na produção do Clube de Literatura "Twas The Night Before Christmas" de camisola com seu urso de pelúcia favorito em dezembro de 1987. 

Tudo começou como num conto de fadas quando ela estava sentada sozinha uma mesa de um restaurante  dos estúdios da MGM, esperando por sua mãe e irmã quando um estranho se aproximou dela e perguntou o seu nome. Ela respondeu: "Meu nome é Heather O'Rourke, mas você é um estranho e eu não posso falar com você". Quando a mãe voltou, o estranho se apresentou como Steven Spielberg. 

Spielberg estava procurando uma criança para seu novo filme e não estava tendo muita sorte. Até aquele momento. Heather estava mais interessada no almoço do que naquele estranho que estava falando com elas.
Ela não foi aprovada em sua primeira audição, pois Spielberg fez um teste com um monstro inflável e ao invés dela ficar com medo ela começou a rir. Spielberg presenteou-a com um bichinho de pelúcia e a dispensou pois ele a achou muito pequena para o papel (ela tinha acabado de completar cinco anos) e ele estava realmente procurando por uma garota pelo menos com seis anos de idade (cogitou-se na época o papel para Drew Barrimore), mas ele sentiu que tinha algo de especial naquela garotinha e pediu para a mãe dela a trazer para um segundo teste com um livro de histórias de terror. Ele pediu a ela para gritar muito. Ela gritou até cair no choro. No dia seguinte, o comissário, de Spielberg disse a ela e sua família: "Eu não sei qual é o trabalho, mas ela terá o papel".

De todos os sustos e fantasmas aterrorizantes que seguiram durante as filmagens Poltergeist - O Fenômeno (1982), apenas uma cena realmente a assustou. Aquela em que ela agarrou-se na cabeceira da sua cama. Enquanto uma máquina de vento soprava ela e os brinquedos para dentro do armário atrás dela, ela não conseguiu segurar-se e soltou-se e caiu no chão com força. Ela começou a chorar e Steven Spielberg parou a filmagem e colocou-a em seus braços, e disse que ela não teria que fazer mais aquilo (de  acordo com a revista Cinefantastique de Julho de 1988).



Como presente da equipe, ela ganhou o peixinho dourado de Poltergeist - O Fenômeno (1982) e teve que cuidar muito bem dele. 

Heather tornou-se imediatamente uma estrela da noite para o dia e foi facilmente reconhecida em seu parque de diversões favorito, O Disney World, e em toda parte na Califórnia.



Nos anos que passaram, Heather tornou-se um rosto familiar na TV, em Happy Days (1982-1983), Webster (1983-1984), Still the Beaver (1986-1987), Ilha da Fantasia, Chips (1983), Massarati e o Cérebro (1984), entre outros especiais para a televisão nos quais ela teve papéis recorrentes. Em 1986, a sequência do seu primeiro filme, Poltergeist - O Fenômeno (1982), Poltergeist 2 - O Outro Lado (1986) estreou nos cinemas. Com sua performance eletrizante nestes filmes que ela consolidou seu lugar na história de Hollywood. 

 

  

  


  

  



 

 


 

 


 

 



  

  











  

 


  


   
  

  




  




  


De todas as suas realizações, Heather era mais orgulhosa de ter sido eleita a presidente do corpo estudantil da sua classe na 5ª série em 1985. 



Na vida real, ela gostava de ir às compras. Mas de acordo com sua mãe Kathy, fazer compras com Heather era um tremendo esforço. A menina tinha que ter tudo combinando, de sapatos a brincos. Ela também gostava de fazer e comer doces. Ela tinha um animal de estimação, um cão da raça São Bernardo. Sua vida em casa não, ironicamente, incluíam a visualização de certos filmes, particularmente filmes de terror. 
Heather tinha dois apelidos: Bernie e Heath.



Membros do elenco e companheiros descreviam Heather como uma influência calma no set. Eles também descreveram reuniões de elenco com ela. Todos queriam folhear rapidamente o script de última hora, enquanto Heather estava sentada calmamente lendo. Ela era capaz de memorizar 60 páginas de roteiro por hora. 

Ela ficou muito próxima do diretor Gary Sherman durante as filmagens de Poltergeist III (1988), o qual tinha muito orgulho dela por dar personalidade ao seu personagem. 

Filmografia 

Filmes

  • Ano 1982 - Massarati e o Cérebro - Personagem: Skye Henry - Tipo: Cinema e Televisão;
  • Ano 1982 - Poltergeist - O Fenômeno Personagem: Carol Anne Freeling - Tipo: Cinema;
  • Ano 1985 - Sobrevivendo: Uma família em crise - Personagem: Sarah Brogan - Tipo: Cinema e Televisão;
  • Ano 1986 - Poltergeist II: o Outro Lado - Personagem: Carol Anne Freeling - Tipo: Cinema;
  • Ano 1986 - Around The Bend - Personagem: "A Filha" - Tipo: Cinema e Televisão;
  • Ano 1988 - Poltergeist III - Personagem: Carol Anne Freeling - Tipo: Lançado postumamente.

Televisão 

  • Ano 1981 - Ilha da Fantasia - Personagem: Liz Blake (Idade 5 anos) Episódios: "O Bebê de Elizabeth / O artista e a Dama";
  • Ano 1982-1983 - Hapy Days(Dias Felizes) - Personagem: Heather Pfister (12 episódios);
  • Ano 1983 - CHiPs - Personagem: Lindsey - Episódio: "Fun House";
  • Ano 1983 - Matt Houston - Personagem: Sunny Kimball - Episódio:"A Mulher de Branco";
  • Ano 1983 - Webster - Personagem: Melanie - (3 episódios);
  • Ano 1984 - Finder of Lost Lovers - Personagem: Jillian Marsh Episódio: "Criança de ontem";
  • Ano 1986-1987 - The New Leave It to Beaver - Personagem: Heather - (2 episódios);
  • Ano 1987 - Our House(Nossa Casa) - Personagem: Dana (uma menina cega) - Episódio: "A Point of View";
  • Ano 1987 - Rocky Road - Personagem: Menina russa - Episódio: "Moscow on the Boardwalk".

Curiosidades Sobre Heather

  • Heather teve um irmão gêmeo que foi abortado.
  • Suas últimas palavras foram: "Eu te amo", falado para sua mãe. 
  • Repousa em um mausoléu ao lado de Truman Capote e Mel Tormé . 
  • Tentou atuar em Super Vicky (1985) com o papel de Vicky, mas sem sucesso.
  • Nascida às 00:28h, horário padrão do Pacífico. 
  • Irmã mais nova da atriz Tammy O'Rourke . 
  • Classificada com a 65ª colocação do especial "100 Maiores Atores Mirim". 
  • Sua fala "Eles estão aqui", foi classificada com a 69ª colocação no especial ''TOP AFI 100 Movie Quotes", que foi ao ar na CBS. Ela também foi a atriz mais jovem a fazer parte desta lista (5 anos até aquele momento). 
They're Heeere!!!!!
  • Foi a estudante numero um em toda a sua vida escolar. 
  • Seu desenho favorito de todos os tempos foi Dumbo (1941), da Disney e seu filme favorito, era Poltergeist - O Fenômeno (1982). 
  • Seus programas de TV favoritos eram: Um é Pouco, Dois é Bom e Três é Demais (1977) e The Benny Hill Show (1969). 


Resultado de imagem para The Benny Hill Show (1969).
  • Alguns de seus menos conhecidos talentos criativos eram caligrafia, desenho, panificação, cantar e dançar. 
  • Era uma ávida leitora. Seu professor de inglês da 7ª série a admirava muito, fazia todos os seus alunos admirar aquela grande leitora chamada "Heather O'Rourke", que tinha amor pelos livros. O último livro que ela estava lendo era "O Diário de Anne Frank". 
  • Steven Spielberg ficou surpreso em seu escritório durante a sua entrevista inicial pela sua capacidade de ler roteiro de Poltergeist - O Fenômeno(1982), em voz alta. 
  • Pretendia cursar a universidade UCLA de cinema. 
  • Tinha descendência dinamarquesa e irlandesa. 
  • Apareceu na caixa de boneca Barbie, na campanha "Minha Primeira Barbie" da Mattel em 1980. 
  • Tom Skerrit, ator que participou de Poltergeist III (1988) foi um dos carregadores do caixão de Heather em seu funeral. 
  • Está enterrada no mesmo cemitério que a falecida estrela também de Poltergeist - O Fenômeno (1982), Dominique Dunne.
  • O salário que ela ganhou em Poltergeist II: O Outro Lado (1986) foi 75.000 dólares e em Poltergeist III (1988), 140 mil dólares.

Frases ditas por Heather durante sua carreira


  • "Espero que as pessoas gostem do que eu faço. Isso me faria feliz, porque eu estaria proporcionando prazer para as pessoas fazendo o que eu gosto".
  • "Eu nunca assisto filmes de terror como regra".
  • "Por que as pessoas querem meu autógrafo? É apenas o meu nome que eu estou escrevendo".
  • "Eu realmente não tenho medo de coisas assustadoras. Quando eu tenho que fazer um olhar de quem está realmente com medo, eu me concentro em coisas assustadoras como perder meus gatinhos ou algo parecido".
  • "Eu quero continuar atuando, mas eu quero ser uma diretora. Eu estava pensando sobre isso por um tempo. Há alguns anos atrás, eu decidi que seria uma experiência diferente para o trabalho por trás das câmeras. E eu seria capaz de trabalhar em scripts. Mas eu gosto muito de atuar. É divertido. Você conhece um monte de gente". 
  • Sobre os dois primeiros filmes da franquia Poltergeist: "O primeiro eu vi 12 vezes. O segundo eu só vi duas vezes, porque eu não acho que foi muito espetacular. Eu achei muito chato. Dava vontade de cair no sono. Ele não me assustava. Eu não acho que ele iria assustar ninguém. O primeiro deles foi realmente emocionante. Bem, depois de vê-lo muitas vezes, não assusta tanto. Mas a primeira vez que você assiste é realmente assustador".
  • "Espero fazer um personagem diferente, algum dia. Estou cansado deste tipo. Se houver uma continuação de "Poltergeist IV", eu espero que seja a última".
  • "Meus pais colocam tudo em um fundo fiduciário para mim. Eu não posso resgatá-lo até completar 18 anos, por isso vou usá-lo para a faculdade".

A morte de Heather

Em Janeiro de 1987, Heather começou a ter sintomas de gripe e suas pernas e pés inchados. Ela foi levada para Hospital Kaiser, e eles confirmaram que era apenas uma gripe, mas quando os sintomas continuaram, eles a diagnosticaram como tendo a doença de Crohn, uma inflamação crônica do intestino. Ela estava em uso de medicação durante toda a filmagem de seu próximo projeto, Poltergeist III (1988), e seu rosto estava inchado e redondo em algumas cenas. 



  




Heather já sofria de problemas de saúde quando estava filmando "Poltergeist III (1988), e sofreu esses sintomas durante as filmagens. Ela nunca se queixou durante as filmagens e não parecia estar doente para colegas do elenco. Quando a filmagem foi concluída em junho, Heather fez uma viagem de carro com a sua família. 

Ela adoeceu de forma trágica alguns dias antes de morrer. Heather estava bem até 31 de Janeiro de 1988.  Ela acordou vomitando. Durante o dia, sua mãe (Kathleen) deu-lhe Gatorade, que havia sido receitado pelos médicos. No dia seguinte (1º de Fevereiro de 1988) Heather acordou e disse à mãe que estava indo à escola. Kathleen disse “Não, você não vai!” e ofereceu-lhe algumas torradas. Heather disse que não tinha condições de engolir nenhum alimento. Sua mãe então notou que os dedos dela estavam azuis, suas mãoes frias e sua respiração estava ficando pesada. Então, Kathleen chamou um médico local, e este lhe informou que ela deveria levar a filha para seu consultório. Kathleen e seu padrasto estavam se preparando para colocar suas roupas quando Heather, cerca de 20 segundos depois, desmaiou no chão da cozinha. Sofrendo de choque séptico, a menina ainda estava consciente, quando os paramédicos chegaram e perguntaram se ela estava se sentindo mal. Heather respondeu “Um pouco”, mas insistiu que ela estava bem e estava preocupada em faltar a escola naquele dia, ela foi levada para o hospital em estado grave. No caminho para a ambulância, Kathleen disse “I love you” (Eu te amo). Heather respondeu “I love you too” (Eu te amo também). Foram as últimas palavras trocadas entre mãe e filha. Na ambulância, sofreu uma parada cardíaca e ficou inconsciente. Dez minutos depois, a ambulância chegou ao hospital. Os paramédicos tentaram reanimá-la, mas o esforço foi em vão. Às 9:25h da manhã (horário local) Heather estava praticamente morta. Ainda a ressuscitaram e a levaram de helicóptero até um hospital infantil há 20 milhas de distância, eram 10:45h da manhã. Heather chegou em estado crítico, e suas pupilas estavam fixas e dilatadas, o que poderia indicar danos cerebrais. Os médicos então pediram permissão para fazer uma operação no abdômen, e os pais dela concordaram. Ao encontrarem uma obstrução no intestino, os médicos a corrigiram. Mas já era tarde demais. Somente depois que Heather faleceu foi descoberto na necrópsia que a doença se tratava de um bloqueio intestinal. Uma cirurgia teria resolvido o problema e salvado a vida da promissora atriz. Os sintomas eram resultado de estenose congênita intestinal (obstrução), o que acabou com sua vida. Às 2:43h da tarde foi anunciada a sua morte. Heather O´Rourke faleceu em 1º de Fevereiro de 1988, com apenas 12 anos de idade. 




A morte de Heather é anunciada na TV em 1988

A confusão fatal se deu por causa de um erro médico anterior. No início de 1987, Heather havia sido diagnosticada equivocadamente como sendo vítima da Doença de Crohn e esteve, assim, recebendo tratamento por cerca de um ano para controlar uma doença crônica e incurável que, na realidade, ela nunca teve. A necrópsia viria a revelar que a causa da obstrução que lhe tirou a vida era uma estenose congênita, algo que seria extremamente mais simples de se tratar e curar se comparado à Doença de Crohn,que costuma perdurar por toda a vida do paciente. A cirurgia de emergência, que buscava amenizar as consequências de uma doença que nunca existiu em Heather, foi feita sob o impacto da obstrução intestinal, o que acabou por provocar-lhe um Choque séptico fatal.

A mídia na época divulgou que a família de Heather iria processar o primeiro hospital onde ela foi levada, alegando erro médico de diagnóstico na causa da morte de sua filha.

Heather O'Rourke faleceu  pouco depois do lançamento do terceiro filme da série Poltergeist, em 01 de Fevereiro de 1988 , sendo seu último filme, que é dedicado à sua memória. Ela foi substituída em algumas cenas por uma sósia.

O filme Poltergeist III foi dedicado a sua memória.



Heather está sepultada no cemitério westwood Memorial Partk, em Los Angeles Califórnia-EUA.






Certidão de óbito de Heather

Em sua lápide está escrito: "Heather O'Rourke, Amada filha-irmã. 27 de dezembro de 1975 - 1º de Fevereiro de 1988. "Carol Anne" - Poltergeist I, II, III".

Ação judicial 



Em 25 de maio de 1988, Sanford M. Gage, o advogado da família O'Rourke, entrou com um processo por homicídio culposo contra Kaiser Foundation Hospital em San Diego . O'Rourke tinha sido acompanhada pelos médicos da Kaiser desde o nascimento, e o termo alegou que eles não conseguiram diagnosticar corretamente sua obstrução do intestino delgado no decorrer dos anos: "Se a doença de Crohn não tivesse sido simplesmente tratada com medicamentos, ela poderia ter sido curada por meio de uma simples operação", e este diagnóstico errado causou a morte de Heather O'Rourke. A porta-voz da Kaiser, Janice Seib, respondeu: "Revisamos exaustivamente o caso, e acreditamos que o diagnóstico e o curso das medidas tomadas pelos nossos médicos foram totalmente apropriados. É um caso muito complexo, complicado por uma série de fatores, e não dado a qualquer resposta simples". 
O caso foi a julgamento e foi resolvido fora do tribunal por uma quantia não revelada.

Abaixo algumas fotos do funeral e enterro de Heather.






 



A última imagem de Heather O'Rourke em seu funeral

Abaixo várias matérias de jornais de revistas que repercutiram a morte de Heather O'Rourke na época e durante os anos que seguiram sua morte.