"Ele sabe o que assusta vocês!"

“Antes era o escuro que metia medo; agora passa a ser a luz...” De uma dimensão para além dos vivos, um terror que aniquila.
Da tela sem vida da televisão vem o horror que nos arrebata...POLTERGEIST, É a destruição apossando-se de uma criança inocente.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Poltergeist II - O Outro Lado


Filme produzido nos Estados Unidos em 1986, depois do grande sucesso do filme original de 1982, Poltergeis II – O Outro Lado é dirigido por Brian Gibson e tem o roteiro de Michael Grais e Mark Victor.
 
É muito comum filmar uma continuação de um filme que fez um sucesso estrondoso, é vantajoso financeiramente para os produtores e para o público em geral que tem interesse em saber como ficaram àqueles personagens que prenderam a sua atenção durantes todos os minutos do filme original. Porém, toda sequência tem uma tendência a sofrer preconceito da crítica, principalmente quando o filme original é tão cultuado.


Na continuação de Poltergeist – O Fenômeno, o filme conta o que aconteceu com a família Freeling após os acontecimentos aterrorizantes em Cuesta Verde. Entram em cena novamente alguns personagens do filme original como o patriarca Steve, a mãe Diane e seus filhos, Robbie e Carol Anne. Desta vez o personagem da irmã mais velha Danna, não apareceu nem foi citado durante o filme, pois a atriz que interpretou a irmã mais velha Dana, foi assassinada após a estreia do filme original de 1982.


Os Freeling desta vez estão morando em Phoenix - Arizona, na casa de Jessica/Jess (Geraldine Fitzgerald), mãe de Diane e avó das crianças. Tendo perdido a sua licença de imóveis, com problemas financeiros, sem contato com aparelhos de televisão e ainda traumatizados pelos acontecimentos anteriores, mas vivendo sem perder o bom humor e sempre na esperança de dias melhores, Steve é reduzido a vender aspiradores de porta em porta, enquanto tenta reaver com o seguro o prejuízo que teve com a sua casa no primeiro filme. Avó das crianças, Jess, revela para Diane que é uma “clarividente”, e diz que Diane e Carol Anne também são. 



Posteriormente Jess morre de causas naturais, mas não antes de dizer a Diane que sempre estarão com eles sempre que eles precisarem, mas tarde no filme, essa frase fará sentido. 


Quando Carol Anne certo dia se perde da mãe em um Shopping e se depara com uma figura estranha, um estranho velho de aparência decrépita e roupas pretas, e começa, mais uma vez, uma batalha do bem contra o mal. Auxiliados por Taylor, um índio amigo de Tangina, a clarividente do filme de 1982.

Esta continuação aparentemente tinha de tudo para não dar certo, pra parecer mais um caça-níquel que estamos acostumados a ver por aí,  pois como já disse, é uma sequência de um filme aclamado pela crítica e adorado no mundo inteiro, a equipe que produziu o original não é a mesma apesar de ter trazido alguns atores do original e a história tem uma atmosfera diferente, com uma inclusão no xamãnismo, para fugir e não repetir a obra original, mas fica algo diferente e legal, funciona bem.


O filme começa lento, em um local no topo de uma montanha onde ocorre um ritual mágico indígena, o roteiro de Grais e Victor se desenrola muito bem, mantendo o espectador intrigado e trazendo questões e contextos pertinentes à história. A família dessa vez mais alerta em relação ao sobrenatural, sempre protegendo uns aos outros , além da batalha que se trava entre o bem e do mal, personificados entre os personagens do índio, Taylor, e do velho, Henry Kane (que está muito bem, obrigado, neste filme).




Como sempre o elenco está brilhante, extremamente competente, o que ajuda a manter a trama interessante até o final. Encontramos uma Carol Anne(Heather O’Rourke), mais presente e falante neste filme, mas quem rouba a cena mesmo é o falecido ator Julian Beck, como o vilão Henry Kane, que seria a besta do primeiro filme materializada desta vez. 


Vale salientar que nesta continuação encontramos um vilão inspiradíssimo de corpo e alma. Julian Beck faz um trabalho genial em que só a sua presença já é perturbadora e, mesmo assim, não conseguimos tirar os olhos dele. A aparência debilitada do ator, por conta de um tratamento de câncer que fazia na vida real, apenas reforça seu trabalho corporal para compor o personagem: é perceptível a aura macabra de Kane em seu andar, sorriso, cantarolar e expressão – e isso não se deve a doença que enfrentava, e sim seu grande talento. A sequência em que ele faz uma visita a casa da família Freeling, caminhando lentamente e cantarolando, acompanhado de uma nuvem chuvosa, é muito bem dirigida e bem assustadora.


Ainda temos um retorno dos personagens a Cuesta Verde, ao que restou da sua antiga casa que implodiu no ar, e a descoberta do que havia embaixo da casa, além do que foi revelado no filme original de 1982. 


Zelda Rubinstein (Tangina) faz uma pequena participação neste filme e o “outro lado”, dessa vez, é apresentado ao público.


Poltergeist II – O Outro lado, é um ótimo entretenimento, com uma história sólida, diferente da original, o que se torna muito louvável e digna. Com muitas cenas de sustos e ótimos efeitos especiais e desfecho louvável, com humor sem perder a característica dos personagens e da trama. Vale a pena ver.

 











Elenco

•    Craig T. Nelson como Steve Freeling
•    JoBeth Williams como Diane Freeling
•    Oliver Robins como Robbie Freeling
•    Heather O'Rourke como Carol Anne Freeling
•    Zelda Rubinstein como Tangina Barrons
•    Will Sampson como Taylor
•    Julian Beck como Kane
•    Geraldine Fitzgerald como Vovó Jess
•    John P. Whitecloud como Velho índio
•    Jaclyn Bernstein como Diane quando criança
  



Curiosidades sobre a produção do filme

•    Poltergeist II - O Outro Lado é o 2º filme da série que teve início com Poltergeist - O Fenômeno (1982), existindo ainda uma outra sequência, chamada Poltergeist III - O Capítulo Final (1988).

•    Dana, a filha mais velha do primeiro filme interpretada por Dominique Dunne, foi originalmente destinado a se afastar da família para ir à faculdade na trama do segundo filme. No entanto, essa cena não foi filmada para a versão de cinema porque Dunne foi assassinada pelo namorado logo após o primeiro filme ser lançado. 

•    A fotografia principal do filme começou em 23 de maio de 1985. O filme foi cogitado na época em ser filmado em 3-D, nas cenas do aparecimento da Besta, da motosserra voando foram filmadas para aproveitarem o 3-D.

•    Várias cenas que apareceram na divulgação da imprensa ou em cartazes promocionais foram cortadas da versão final do filme, incluindo a cena em que Tangina confronta Kane quando ele tenta entrar na casa, e outra em que Steve e Diane vêm uma torradeira flutuando sobre a mesa do café da manhã mostrando a presença sobrenatural na nova casa. 

•    Swiss Surrealist, artista da HR Giger,  foi recomendado pela Metro-Goldwyn-Mayer para criar vários projetos para o filme. Como Giger não pode se afastar de Zurique por um longo período, seu colega Cornelius De Fries foi contratado para representar Giger no estúdio durante a produção. Giger acabou decepcionado com o resultado final, depois atribuindo o fracasso a sua ausência. "Quando o filme finalmente saiu eu pensei, “Que merda!”, “Mas eu não podia mudá-lo mais", disse Giger. "Não dava mais tempo. Então eu pensei que essa não foi uma boa escolha para se trabalhar. Se você quer trabalhar em um filme, você tem que estar lá o tempo todo e estar sempre de olho no que eles estão fazendo, se não for assim, eles farão o que quiserem”. Apenas dois dos projetos de Giger aparecem na versão final do filme, incluindo a versão em tamanho grande besta (Kane). 

Desenhos de Ginger da Grande Besta para o filme




 A grande besta de Giger com design da maquete de Cornelius De Dries

  
Concepção da grande besta
 
H.R. Giger maquete para Poltergeist II - O Outro Lado

Maquete da grande besta 



•    Depois da morte do ator Julian Beck, o dublador Corey Burton, foi trazido durante a pós-produção para repetir algumas de suas falas.
Música

A partitura musical de Poltergeist II - O Outro Lado, foi composta e regida pelo compositor Jerry Goldsmith, que tinha sido indicado ao Oscar pela trilha sonora do primeiro filme. Embora a música "Carol Anne’s Theme" seja da trilha sonora do primeiro filme, o repertório para “o Outro Lado”, é composto principalmente de material novo misturando elementos orquestrais tradicionais com novos sons eletrônicos. O álbum da trilha sonora foi lançado quatro vezes: por Varèse Sarabande em 1986, Intrada Records, em 1993, uma edição de luxo por Varèse Sarabande em 2003, e um conjunto de 2 CD’s de Kritzerland em 2013. 

Lançamento 

Apesar de ter sido bem sucedido financeiramente, Poltergeist II- O Outro Lado, foi um pouco decepcionante em comparação ao seu antecessor. No entanto, o filme ainda arrecadou respeitáveis U$ 40.996,665, de bilheteria nos Estados Unidos. Este filme e seu sucessor foram classificados como PG-13 pela MPAA. O original foi classificado como PG, como não houve classificação PG-13 na época (a classificação foi criada em 1984, em grande parte em resposta a filmes como Gremlins e Indiana Jones eo Templo da Perdição).

Home media 

MGM lançou Poltergeist II em DVD pela primeira vez em 26 de agosto de 2003, em uma coleção dupla caracterizada, juntamente com Poltergeist III. Em 13 de setembro de 2011, a MGM lançou o filme em Blu-ray.
MGM também lançou o filme em DVD na Região 2 e Região 4. Foi lançado no Reino Unido em 23 de Outubro de 2000 e na Austrália em 01 de setembro de 2006. Um pacote com DVD duplo contendo Poltergeist II e III juntos foi lançado na Região 4 em 8 de Novembro de 2010.

Poster do filme na África

 Livro

A novelização, intitulado Poltergeist II: The Other Side, foi escrita por James Kahn e publicada pela Ballantine Books em 1986. A capa traz uma imagem semelhante ao cartaz do filme.
Recepção
O filme possui uma classificação de 39% no Rotten Tomatoes baseado em 18 avaliações.


Premiações e Indicações 

Ano                     Associação                          Categoria                                     Resultado
 
1987                                 Oscar                                Melhores Efeitos Visuais                                        Nomeado

1987                            Saturn Award                  Melhor Filme Horror ou Suspense                             Nomeado

1987                            Saturn Award                         Melhor Efeitos Especiais                                      Nomeado
        
1987         Prêmio Framboesa de Ouro          Pior Atriz Coadjuvante - Zelda Rubinstein                   Nomeado
         
1987        Prêmio Jovem Artista            Melhor Jovem Atriz Coadjuvante - Heather O'Rourke       
Nomeado

 
A estatueta Young Artist Award