"Ele sabe o que assusta vocês!"

“Antes era o escuro que metia medo; agora passa a ser a luz...” De uma dimensão para além dos vivos, um terror que aniquila.
Da tela sem vida da televisão vem o horror que nos arrebata...POLTERGEIST, É a destruição apossando-se de uma criança inocente.

sábado, 11 de agosto de 2012

O Poltergeist de Borley


Fenômeno paranormal em Borley


A investigação envolvendo uma antiga propriedade no Condado de Essex chamada de Reitoria Borley marcou época e até hoje é lembrado como um dos mais notórios casos paranormais da história.

Fotografia publicada em 1944 durante a demolição da Paróquia de Borley. O que acontece: um tijolo é elevado do solo, fenômeno atribuído a um poltergeist.

A Assombração na pequena paróquia de Borley durante os anos de 1920 e 1930 é indiscutivelmente uma das mais famosas da Grã-Bretanha e também uma das mais controversas.



Borley Rectory - A investigação da "casa mais assombrada da Inglaterra"
A riqueza dos avistamentos e experiências de testemunhas independentes sugerem que apesar de muitos dos fenômenos serem explicados de maneira racional, uma parte do que ocorreu até hoje pode ser considerada inexplicável.

A investigação envolvendo uma antiga propriedade no Condado de Essex chamada de Reitoria Borley marcou época e até hoje é lembrado como um dos mais notórios casos paranormais da história.

Foi a investigação da Reitoria que tornou Harry Price uma celebridade e o transformou no mais famoso "caçador de fantasmas" de sua época, estabelecendo o padrão para os que o seguiram. O cuidado de Price ao documentar cada passo de sua investigação e a forma como ele catalogou suas descobertas estabeleceram o modus operandi de investigações paranormais dali em diante.

Muitas das observações de Price à respeito da Reitoria Borley foram obtidas pessoalmente, uma vez que ele explorou o local em várias ocasiões afirmando ter visto e ouvido inúmeros fenômenos como o soar de sinos, sons de batidas surdas nas paredes e objetos flutuando pelo ar. Price coletou dezenas de testemunhos de inquilinos da casa, falou com vizinhos e moradores das redondezas que relataram suas experiências sobre a reitoria maldita.

Por cerca de um ano, ele pagou aluguel e residiu na casa a fim de passar a maior parte do tempo possível em seu interior. Obcecado pela investigação, ele chegou a publicar anúncios em jornais buscando pesquisadores paranormais que quisessem participar de sua pesquisa, oferecendo a eles a oportunidade de "acampar" na casa a fim de determinar a presença de entidades no local. Mais de quarenta voluntários responderam ao chamado de Price, que escreveu um relatório para cada um dos participantes de sua experiência. O resultado foram dois livros que se tornaram verdadeiros manuais de referência para futuras investigações paranormais. Os livros intitulados "The Most Haunted House in England" E "The End of Borley Rectory" publicados respectivamente nos anos de 1942 e 1946, ganharam popularidade e solidificaram a fama de Price como "desbravador do além".

A despeito do que dizem muitos de seus detratores, os livros são um marco no estudo da parapsicologia. Eles incluem detalhes minuciosos de como foi realizada a investigação da casa assombrada. Enquanto os críticos mais ferinos vêem nos livros um exemplo clássico de "busca pela fama", futuros pesquisadores usaram as noções ali contidas como referência para suas próprias pesquisas.

A REITORIA BORLEY


Um dos mais famosos casos envolvendo casas mal-assombradas de todos os tempos, e sem dúvida o caso mais famoso na carreira de Harry Price, envolveu a notória Reitoria Borley, uma antiga casa localizada em Essex. Os últimos 10 anos ou mais de vida de Price foram dominados pela longa, complexa e gratificante investigação desta casa e suas assombrações.
Nenhum caso anterior envolveu tantas pessoas, despertou tanto interesse ou lhe causou tantos problemas. Os dois livros que foram escritos sobre o caso tornaram-se best-sellers e capturaram a imaginação do público. Na época de sua morte, Price estava trabalhando em um terceiro livro sobre a Reitoria Borley. Passados tantos anos, o interesse pela história nunca cessou.
Muitos críticos, entretanto afirmavam que a coisa não passou de uma fraude, um golpe publicitário construído por um pseudo-investigador em busca de fama e reconhecimento público. Um jornalista acusou Price (após sua morte, é claro) de deliberadamente mentir sobre o fenômeno e produzir as atividades fantasmagóricas usando truques de cena.

A pequena paróquia de Borley está localizada em uma região desolada e pouco povoada perto da costa leste da Inglaterra, próxima da fronteira de Suffolk. É um lugar solitário e seria esquecido não fosse o fato de ser a localização do que veio a ser conhecido como "a casa mais assombrada na Inglaterra".

A crônica se inicia em 1362, quando Eduardo III concedeu as terras da Propriedade Borley aos monges beneditinos para que construíssem ali um mosteiro. Séculos depois, quando Henrique VIII baniu as ordens monásticas, a propriedade foi confiscada e os religiosos expulsos. A posse foi transferida para a poderosa família Waldegrave que a transformou o prédio no escritório administrativo da paróquia local.

Entre 1862 e 1892, o reverendo H.D.E. Bull, um parente dos Waldegraves, se tornou Reitor da Borley. Um ano depois de sua nomeação, ele deu início a expansão da Reitoria e construção de novos anexos. Apesar das advertências dos locais, a construção se espalhou sobre o antigo cemitério usado pelos monges, local que muitos acreditavam ser assombrado. Seu filho, o Rev. HF Bull, que permaneceu à frente da família até sua morte em 1927, sucedeu-o como reitor e concluiu as obras. Depois disso, a reitoria ficou vaga por mais de um ano, até outubro de 1928, quando o reverendo Guy Smith foi nomeado para o cargo. No entanto, ele deixou a reitoria apenas um ano depois, atormentado segundo os rumores por fantasmas.

 
Houve acontecimentos estranhos em torno da reitoria por muitos anos antes da residência do Rev. Smith, mas todos os envolvidos sempre mantiveram a discrição. Em 1886, a Sra. Byford, enfermeira da casa paroquial demitiu-se alegando não suportar mais as "pegadas fantasmagóricas" ouvidas noite após noite. Mais de 14 anos depois, as duas filhas do primeiro reitor viram a famosa "Freira Fantasma" andando no gramado em frente da reitoria com a cabeça baixa e o semblante tristonho. O avistamento ocorreu no meio da tarde e coincidiu com outros estranhos acontecimentos que foram relatados pela família, incluindo batidas fantasmagóricas, passos inexplicáveis, incêndios repentinos e muito mais. As jovens mulheres eram constantemente molestadas por esses fenômenos sempre que vistavam a propriedade, mesmo assim o reverendo Bull parecia se divertir com eles. Ele chegou a construir uma casa de verão na propriedade, onde podia passar a noite e assistir o aparecimento da freira fantasma.

Seu filho, o Rev. Harry Bull também nutria enorme curiosidade sobre o assunto e conversava frequentemente com seu amigo J. Hartley sobre as assombrações que pareciam habitar a Reitoria. Hartley mais tarde forneceria várias informações a Price sobre aparições dos fantasmas.

Os membros da família Bull não foram os únicos a presenciar manifestações fantasmagóricas detrás dos portões da Reitoria. Fred Cartwright, um carpinteiro local, relatou ter visto o espectro da freira fantasma pelo menos quatro vezes durante sua entrevista a Price. Até 1939, 14 pessoas contaram ter visto o mesmo fantasma, três outras pessoas afirmavam ter visto um coche fantasmagórico translúcido correndo pelo pátio puxado por cavalos espectrais e outros dois visitantes presenciaram a manifestação de um corpo decapitado voando pelo pátio.

Em junho de 1929, dois anos após a morte de Harry Bull e nove meses após o Rev. Smith assumir a reitoria, a história de ocorrências fantasmagóricas em Borley foi mencionada em um jornal. No dia seguinte, Harry Price recebeu um telefonema de um editor de Londres o convidando a visitar a propriedade. Ele foi informado sobre os diversos fenômenos ocorridos, tais como, pegadas fantasma, estranhas luzes, sussurros fantasmagóricos, o espectro de um homem decapitado, o vulto de uma menina de branco, a carruagem fantasma, a aparição de pedreiros que ergueram o prédio e é claro, o espírito da freira tristonha.


Segundo as lendas da região; quando a Reitoria ainda era um monastério, por volta do século XIV teria ocorrido no local um terrível crime. Um monge e uma jovem freira haviam iniciado uma relação indecorosa censurada pelos demais religiosos. Furioso com o que acontecia, o abade (que em algumas versões tinha uma paixão doentia pela mesma jovem) ordenou uma severa punição ao casal. O monge foi arrastado para o pátio e degolado, enquanto a freira foi emparedada ainda viva em uma câmara no interior do monastério. Price zombou da ideia, mas ficou intrigado com os fenômenos associados a reitoria e prometeu visitar o lugar.
Acompanhado na sua primeira visita a Borley por um conhecido jornalista e pela sua secretária pessoal, Price visitou a propriedade. Conversaram com o Reverendo Smith e observaram alguns exemplos menores de fenômeno poltergeist por si mesmos. Price conduziu uma longa entrevista com Mary Pearson, a empregada doméstica da reitoria, que havia visto a carruagem fantasmagórica em duas ocasiões e estava firmemente convencida que a casa era assombrada. Mais tarde, naquela noite, o grupo realizou uma sessão de contato espiritual no "Blue Room", salão onde coisas estranhas ocorriam. Durante a experiência, eles foram surpreendidos quando uma vela saltou da mesa se chocando contra a parede. No dia seguinte, Price realizou outras entrevistas e falou com as filhas do Reverendo Bull. Elas relataram alguns fenômenos que haviam presenciado na adolescência.
Os eventos ocorridos e as sinceras palavras das testemunhas foram suficientes para convencer Price que algo estranho estava acontecendo na casa. Aquele dia de junho marcaria o início de uma intensa e avassaladora investigação paranormal.Price cunhou a ideia do "kit de caçador de fantasmas" para auxiliar a investigação. Ele usava fitas métricas para verificar a espessura das paredes e dimensões dos cômodos, empregava estetoscópio para procurar passagens secretas e correntes de ar; aperfeiçoara o uso de câmeras fotográficas para interiores; havia encomendado uma câmera com controle remoto para registrar movimento; utilizou um kit de impressão digital para registrar marcas suspeitas, empregava termômetros sensíveis para variações mínimas de temperatura ambiente e chegou até mesmo a usar telefones portáteis para manter o contato entre pesquisadores em diferentes ambientes. Desde o primeiro dia, Price ficou muito interessado pela casa, acreditando que ele poderia ser um fascinante desafio às suas habilidades.


 
Sua segunda visita a Borley aconteceu duas semanas após a primeira. Desta vez, ele documentou o achado de uma medalha religiosa e de outros itens que pareciam sugerir a existência de um elemento católico na assombração. Houve também uma vez que o som de sinos foram ouvidos por toda a casa, embora os fios usados para chamar os servos tivessem sido cortados há muitos anos. O toque constante era uma fonte de grande preocupação para o Rev. Smith e sua esposa. Após o início da investigação de Price, as coisas pareciam ter se intensificado e o casal resolveu abandonar a casa em julho de 1929.
Ao longo dos 14 meses seguintes, a reitoria permaneceu vazia. De acordo com relatos locais, uma janela sobre a casa foi aberta por dentro, mesmo com o prédio deserto e com as portas trancadas. A porta que levava a escadaria principal foi encontrada escancarada e haviam cacos de vidro espalhados pelo chão embora não se tenha dado pela falta de nenhum objeto. Os moradores que viviam nas proximidades disseram ter visto "luzes" e ouvido toda sorte de sons lamurientos como horríveis murmúrios e gemidos.
Apesar do Rev. Smith e de sua espos terem deixado a casa por causa dos fantasmas, as coisas tinham sido relativamente pacíficas até aquele ponto. Tudo mudaria em outubro de 1930, quando o reverendo Lionel Foyster e sua esposa, Marianne, se mudaram para Borley. O tempo de Foysters na casa trouxe um aumento acentuado na atividade paranormal. As pessoas eram trancadas nos aposentos, utensílios domésticos desapareciam, janelas se quebravam, móveis se moviam, sons estranhos eram ouvidos. No entanto, o pior dos incidentes envolveu a Sra. Foyster, que relatou ter sido levantada de sua cama por uma força invisível e arremessada violentamente no chão. Em outra ocasião, ela contou que a mesma força a atacou no jardim e tentou sufocá-la, por pouco não a levando a inconsciência.

A atividade durante este período foi mais variada e muito mais violenta do que antes. O Rev. Foyster manteve um diário e, mais tarde compilou um manuscrito que nunca foi publicado chamado "Quinze meses em uma casa assombrada". Harry Price, mais tarde, usou trechos do manuscrito em seus livros sobre a Reitoria Borley. Não há dúvida de que o Rev. Foyster, Marianne, sua filha adotiva e, mais tarde, um jovem rapaz que ficou com eles como um convidado, passaram por experiências estranhas e às vezes aterrorizantes.

As coisas tomaram outro rumo inexplicável quando começaram a surgir uma série de mensagens rabiscadas nas paredes da casa, escrita em uma caligrafia desconhecida. Eles pareciam estar se comunicando com a Sra. Foyster, usando frases como "Marianne, por favor ajude" e "Marianne reze por nós".

As coisas ficaram tão difíceis que em maio de 1931, os Foysters deixaram a reitoria para que pudessem ter alguns dias de paz e tranquilidade. Em junho, um amigo dos Foysters, visitou a propriedade e descobriu o lugar totalmente bagunçado, como se as coisas tivessem sido espalhadas por toda a casa desocupada. Quando a família retornou, o fenômeno violento começou de novo. Em um ponto, a Sra. Foyster foi arremessada de sua cama ferindo o braço.
Em setembro daquele mesmo ano, Harry Price tomou conhecimento dessas violentas manifestações. Pouco tempo depois, ele e alguns amigos fizeram uma visita à reitoria e tiveram algumas experiências estranhas, incluindo portas batendo e garrafas que foram atiradas sobre eles. Como em quase toda a atividade poltergeist a Sra. Foyster estava presente, Price estava inclinado a acreditar que ela era inconscientemente a causadora do fenômeno. Ele também considerou a idéia de que os acontecimentos podiam estar sendo encenados. No entanto, ele acreditava na possibilidade de a freira fantasmagórica e outros fenômenos serem genuínos.

Apesar dos fenômenos assustarem Marianne, Price afirmou que pelo menos um dos espíritos da casa havia decidido pedir ajuda a esposa do reitor. Esta foi a explicação que ele apresentou para as mensagens misteriosas que continuavam a surgir pedindo ajuda. Price acreditava que os escritos tinham vindo da jovem freira. Esses indícios, mais tarde, se encaixaram na teoria de Price que o mistério Borley envolvia assassinato e traição, embora o personagem central da tragédia não fosse a freira da lenda, mas outra jovem religiosa.

Os meses que se seguiram trouxeram mais sinos e portas batendo, mas depois de uma sessão espírita as coisas acalmaram. Os sinos ainda tocavam ocasionalmente e itens voavam pelo ar, mas não havia o que era descrito como uma "atmosfera ameaçadora". O restante de 1934 foi tranqüilo, mas em 1935, as manifestações voltaram e se tornar violentas.

A cama era arrastada e objetos quebrados, em outubro daquele ano, os Foysters resolveram partir. Eles decidiram deixar a casa e vender o lugar antes que algo ainda mais terrível acontecesse.

 

A igreja ofereceu a casa a Harry Price - por cerca de um sexto de seu valor - mas, após alguma hesitação, ele decidiu não comprar o lugar, mas alugá-lo por um ano. Price planejava conduzir uma extensa investigação em torno da propriedade, usando pesquisadores voluntários para acompanhar e documentar qualquer coisa fora do comum. A investigação durou um ano e foi criteriosamente documentada através de um diário dos acontecimentos.

O primeiro passo de Price foi publicar um anúncio na coluna pessoal do Times em 25 de maio de 1937 à procura de pesquisadores de mente aberta, dispostos a literalmente "acampar" na reitoria. O objetivo era gravar todos os fenômenos e obter testemunhas desses eventos. O anúncio dizia:

CASA ASSOMBRADA: pessoas responsáveis e inteligentes, intrépidas, críticas e imparciais, são convidadas a juntar-se como observadores em uma investigação científica da suposta casa assombrada no condado de Home. Instruções adicionais serão fornecidas aos interessados. Formação científica ou a capacidade de operar instrumentos é requerida. O lugar se localiza em um vilarejo isolado, portanto veículo próprio é essencial. Interessados devem contatar Caixa H.989, The Times, E.C.4

Price foi inundado com potenciais candidatos, a maioria dos quais incrivelmente inadequados. Depois de escolher cerca de 40 pessoas, ele entregou a cada um o primeiro manual sobre como conduzir uma investigação paranormal. O volume tornou-se conhecido como o "Livro Azul". Cada voluntário recebeu ainda equipamento necessário para estudar a casa e os fenômenos que ali ocorriam.

Durante as investigações, os pesquisadores receberam ampla liberdade para buscar os fatos. Alguns deles empregaram seu próprio equipamento, mantiveram diários precisos e outros conduziram sessões espíritas visando contatar os fantasmas que habitavam o lugar. Quem mais ajudou nas investigações foi o Sr. S.H. Glanville. Ele e sua família tinham um interesse especial em Borley e passaram muitos dias lá. Foi Glanville que pesquisou com grande zelo a história de Borley desde o início até a noite do incêndio em 1939. Parte do material foi finalmente publicado nos livros de Price e Glanville permaneceu completamente no comando das investigações quando ele não estava presente.

 
Os observadores recrutados por Price vieram de profissões, lugares e classes sociais distintas, mas todos contribuíram fornecendo dados sobre a sua experiência pessoal na casa. Muitos deles passaram noites na Reitoria em um aposento que serviu de "base" e onde vários instrumentos haviam sido instalados. Alguns vieram sozinhos, outros vieram em grupos, céticos, crentes e desmistificadores. Um bom número não viu nem ouviu nada, mas alguns tiveram experiências estranhas. Essas experiências foram qualificadas como sons bizarros, movimento de objetos, sensações inexplicáveis, luzes enigmáticas e aparições espectrais, sobretudo a freira fantasma.
Todos concordaram que havia algo estranho em Borley, alguns foram categóricos em afirmar que a reitoria era o centro de um grande distúrbio paranormal. O número de fenômenos, sua variedade e a duração de suas observações também forneceram argumento contra quaisquer acusações de que Harry Price havia promovido um golpe de publicidade.

Houve dois acontecimentos marcantes no período em que Price alugou a casa. Uma delas foi a observação dos "escritos nas parede". Esse fenômeno que parecia uma espécie de "pedido de socorro" desesperado pela primeira vez começaram a aparecer durante a ocupação. A maioria delas dirigidas a "Marianne" e alguns não-crentes sugeriram que a Sra. Foyster as tivesse escrito, embora ninguém pudesse oferecer um motivo para uma brincadeira dessa natureza. Estranhamente, os rabiscos continuaram a aparecer nas paredes muito tempo depois da Sra. Foyster ter deixado a Reitoria e Price acreditava que eles forneciam pistas vitais para elucidar o mistério. Cada pequeno fragmento foi marcado, fotografado e datado.

O outro acontecimento importante ocorreu em 1938 com a realização de uma série de sessões espíritas, realizadas pelo Sr. Glanville, sua família e vários amigos. Durante uma sessão de contato, um suposto espírito chamado "Marie Lairre" relatou que em vida havia sido uma freira na França, mas havia deixado o convento par casar com Henry Waldegrave, membro de uma abastada família cuja casa senhorial ficava no local da Reitoria. Enquanto vivia na mansão, seu marido havia estrangulado ela e enterrado seus restos na adega.



A história encaixava com o fenômeno da freira fantasma as mensagens escritas. Price teorizou que a ex-freira havia sido enterrada em solo não-consagrado e que portanto havia sido condenada a assombrar a propriedade sem encontrar repouso.
Em março de 1938, cinco meses após a primeira menção a Marie Lairre, outro espírito, que se chamava "Sunex Amures", prometeu que a reitoria iria queimar naquela noite e que a prova do assassinato da freira seria encontrada nas ruínas. A Reitoria não ardeu naquela noite, mas exatamente 11 meses depois, em 27 de fevereiro de 1939, um novo proprietário, o capitão WH Gregson, estava desempacotando seus livros na biblioteca, quando derrubou uma lâmpada a óleo e começou um incêndio. O fogo se espalhou rapidamente e a construção foi destruída. Foi dito que o fogo começou no ponto exato que o espírito havia previsto e que "figuras estranhas foram vistas caminhando nas chamas."

O edifício foi demolido em 1944, mas a história estava longe de terminar.A publicação do primeiro livro de Price sobre sua investigação na Reitoria Borley, causou enorme repercussão. A reitoria estava agora em ruínas, mas isso não impedia curiosos de visitar o local. Ao longo dos anos da Segunda Guerra Mundial, muitos visitantes exploraram o entulho e, ocasionalmente, passavam a noite nas ruínas.

O Rev. WJ Phythian-Adams, realizou algumas das investigações mais fascinantes e relevantes sobre a reitoria. Depois de ler o livro de Price, analisar mapas da casa e fotografias dos escritos na parede ele escreveu uma cronologia detalhada da Reitoria Borley desde os tempos medievais. Ele pesquisou a biografia da família Waldegrave e cruzou os dados com declarações de um médium utilizando poderes psicométricos para captar memórias residuais no local. Adams formulou uma estória convincente sobre a tragédia da freira fantasma.


 A história encaixava com o fenômeno da freira fantasma as mensagens escritas. Price teorizou que a ex-freira havia sido enterrada em solo não-consagrado e que portanto havia sido condenada a assombrar a propriedade sem encontrar repouso.
Em março de 1938, cinco meses após a primeira menção a Marie Lairre, outro espírito, que se chamava "Sunex Amures", prometeu que a reitoria iria queimar naquela noite e que a prova do assassinato da freira seria encontrada nas ruínas. A Reitoria não ardeu naquela noite, mas exatamente 11 meses depois, em 27 de fevereiro de 1939, um novo proprietário, o capitão WH Gregson, estava desempacotando seus livros na biblioteca, quando derrubou uma lâmpada a óleo e começou um incêndio. O fogo se espalhou rapidamente e a construção foi destruída. Foi dito que o fogo começou no ponto exato que o espírito havia previsto e que "figuras estranhas foram vistas caminhando nas chamas."
O edifício foi demolido em 1944, mas a história estava longe de terminar.A publicação do primeiro livro de Price sobre sua investigação na Reitoria Borley, causou enorme repercussão. A reitoria estava agora em ruínas, mas isso não impedia curiosos de visitar o local. Ao longo dos anos da Segunda Guerra Mundial, muitos visitantes exploraram o entulho e, ocasionalmente, passavam a noite nas ruínas.

O Rev. WJ Phythian-Adams, realizou algumas das investigações mais fascinantes e relevantes sobre a reitoria. Depois de ler o livro de Price, analisar mapas da casa e fotografias dos escritos na parede ele escreveu uma cronologia detalhada da Reitoria Borley desde os tempos medievais. Ele pesquisou a biografia da família Waldegrave e cruzou os dados com declarações de um médium utilizando poderes psicométricos para captar memórias residuais no local. Adams formulou uma estória convincente sobre a tragédia da freira fantasma.

10 Casos de Poltergeist no Brasil

O mundo adora falar de Poltergeist, mas, aposto que até hoje, só havia visto matérias feitas usando exemplos com casos internacionais, como na Inglaterra, nos EUA, Alemanha, etc.
A seguir estão relatados 10 casos de Parapsicologia completamente nacionais e, até mesmo, inéditos para alguns.
Pra quem não sabe, ou não se lembra, Poltergeist é um tipo de evento sobrenatural que se manifesta deslocando objetos e fazendo ruídos.

1- Jardim Europa, São Paulo - 1948.

Uma família teve sua residência assolada dias e dias por várias chuvas de pedras que se atiravam contra a casa, quebrando vidraças e provocando muitos estragos. A polícia foi chamada, vizinhos foram interrogados.

As investigações não conseguiram dar conta de explicar a ocorrência dos estranhos fenômenos. Além das pedras, dentro da casa objetos desapareciam e reapareciam em lugares inusitados, como fotos de família que apareceram dentro do vaso sanitário. Peças de roupas apareciam retalhadas. (Caso relatado por Fátima Regina Machado.)
2- Pirituba, São Paulo - final de 1970, início de 1980.

Uma família se via assustada com eventos estranhos que ocorriam em sua residência. A modesta casa, que sempre fora extremamente limpa e bem cuidada, começou a sofrer ataques constantes de tijolos e terra.

Sem que houvesse qualquer dano no telhado, eles se “atiravam” dentro dos cômodos, como se materializassem no ar, provocando muita sujeira e estragos nos móveis comprados com tanto sacrifício.

Na cozinha, como se não bastassem esses ataques, pratos e xícaras “teimavam” em não permanecer dentro do armário, lançando-se ao chão, como se uma grande força os impulsionasse para fora das prateleiras.

Por vezes, a luz do banheiro se acendia sem que ninguém estivesse naquele cômodo. Os fios elétricos que percorriam os caibros do telhado sem forro do quarto apareceram picados, como se alguém tivesse utilizado uma faca para fazê-lo. (Caso relatado por Fátima Regina Machado.)

3- Periferia de São Paulo, 1983.

Um casal e seus três filhos (um menino de 12 anos e duas meninas, uma de 8 e a outra de 3 anos de idade) ficaram perplexos diante de estranhos eventos que aconteciam em sua residência. As cortinas se balançavam, chegando por vezes até o teto, mesmo quando as janelas e portas estavam completamente fechadas.

Certo local da casa apresentava temperatura sensivelmente mais fria do que os outros cômodos, e alguns objetos se moviam como se tivessem vida própria. (Caso relatado por Fátima Regina Machado.)

4- São José do Norte, Rio Grande do Sul - Final do Séc. XIX.

Sem motivo aparente, a casa de uma família - com duas crianças, um homem e sua mulher - começou a ser apedrejada.

Um grande número de pessoas cercaram a casa e observaram, mesmo em plena luz do dia, e ninguém conseguia saber de onde partiam as pedras que quebravam as vidraças e perturbavam os moradores.

A suposta causa seria a presença de Benito Juárez (arqui-inimigo dos imperadores Maximiliano I, do México; e Napoleão III, da França) que teria reencarnado no morador da casa, Otávio Peixoto(que morreu em 1920), e provocado a revolta dos espíritos dos imperadores em questão, que haviam descoberto sua localização.

5- Jaboticabal, São Paulo - Dezembro de 1965.

Uma respeitável família católica tornou-se o centro de uma atividade poltergeist maliciosa e violenta.

Para começar, pedaços de tijolos começaram a cair dentro da casa, aparentemente do nada. Um padre local tentou um exorcismo, mas isso só piorou as coisas.

Um vizinho, João Volpe, dentista, que tinha estudado assuntos psíquicos, tornou-se interessado e visitou a casa em 21 de dezembro.

Ele logo percebeu que o foco dos distúrbios era uma menina tranquila e bonita de 11 anos de idade chamada Maria José Ferreira, que dormia no quarto dos empregados.

Volpe achava que ela era um meio natural para justificar tais eventos e a levou para sua casa para ver o que podia fazer. Nada aconteceu por uns dias, mas então os bombardeios de pedras e ovos começaram, aparecendo do nada e voando pelos quartos.

Mais tarde Volpe havia contado 312 pedras que tinham caído dentro de sua casa desde que Maria chegou. Nem todas essas pedras eram pequenas, como é frequentemente num caso de poltergeist - uma delas pesava 3,7 quilos.

Em uma ocasião, uma grande pedra apareceu e começou a descer do teto, depois ela se partiu em dois pedaços a cerca de quatro metros do chão. Quando alguém pegou as duas peças, elas pareciam se encaixar como se fossem magneticamente atraídos uma pela outra.

Maria começou a se acostumar com a atividade frenética, e foi mesmo capaz de pedir a presença invisível de um doce, uma flor ou algum outro item pequeno, que ele apareceria imediatamente a seus pés.

Mas , por alguma razão o poltergeist mudou seu caráter e um dia recomeçou a confusão na casa. Por quase três semanas pratos, copos e vasos de flores, mesmo pesados, ​​foram lançados ao redor da casa em todas as direções.

Todos os utensílios de mesa foram quebrados, móveis foram jogados e fotos foram arrancadas das paredes e atiradas em outras salas. Em uma ocasião, duas pessoas testemunharam um prato de vidro da cozinha e um espelho do quarto se cruzarem no ar antes de prosseguir para o quarto e cozinha, respectivamente.

Em seguida, Maria se tornou o alvo de ataques ferozes. O poltergeist repetidamente batia nela, dando-lhe tapas no rosto ou na parte inferior, deixando hematomas por todo seu corpo. Ele jogou cadeiras para ela, um grande sofá, e até mesmo um cilindro de gás que tinha sido arrancado da parede.

Aparentemente, ele também tentou matá-la por asfixia enquanto ela dormia, forçando xícaras ou copos sobre a boca e narinas.

Agulhas foram encontradas, às vezes, presas profundamente à carne de seu calcanhar esquerdo, mesmo quando ela tinha sapatos e meias. Uma vez, 55 agulhas tiveram que ser removidas.

Quando bandagens foram colocados em seu calcanhar, elas foram arrancadas, sem os nós serem desatados.

As coisas pioraram. Em 14 de março de 1966, Maria estava comendo seu almoço escolar, quando as roupas dela de repente pegaram fogo, aparentemente provenientes de uma pequena marca redonda que parecia ter sido causado por um cigarro. Na mesma tarde o quarto de Volpe explodiu em chamas.

A esse ponto, Maria vivera com Volpe por cerca de um ano durante o qual os fenômenos diminuiram um pouco, mas nunca pararam completamente. Finalmente, em uma última tentativa desesperada para encontrar uma cura, Volpe a levou para um centro espírita.

Um espírito veio e falou por meio de um respeitado medium, Chico Xavier, e anunciou: "Ela era uma bruxa. Muita gente sofreu e eu morri por causa dela. Agora vamos faze-la sofrer também..." De volta à casa de Volpe, haviam orações especiais e apelo à guias espirituais, que impediam qualquer ataque mais grave contra a menina, ainda assim ele não conseguiu parar a atividade poltergeist completamente.

Pedras, frutas e legumes ainda voaram em torno da casa quando Maria estava presente.

Pensando que não havia mais nada a ser feito, a menina foi mandada de volta para morar com a mãe.

Um dia, em 1970, quando ela tinha quinze ou dezesseis anos, Maria cometeu suicídio por ingestão de formicida misturado com um refrigerante, e morreu quase que instantaneamente.

6- Porto Alegre, Rio Grande do Sul - 1988.

Durante mais de dois anos, o fenômeno envolveu toda uma família, que presenciou, entre outras coisas, cenas de fogo espontâneo e objetos "voando" soltos no espaço.

Philippe van Putten, da Revista Planeta, esteve no local, relatando o que viu; "(...)Sob os auspícios da ABP - Academia Brasileira de Paraciências -, voamos para Porto Alegre, Rio Grande do Sul, com o propósito de promover levantamentos preliminares acerca do fenômeno.

Na manhã de 17 de maio de 1990, com o apoio de uma equipe da RBS TV Gaúcha, seguimos para a Vila Santa Rosa, bairro da periferia de Porto Alegre.

Entramos numa ruela de barro e paramos diante da humilde moradia onde estranhos fenômenos vinham sendo observados.

Poucas semanas antes, a equipe da RBS TV Gaúcha conseguira filmar uma parapirogenia segundos após a sua eclosão.

Na mesma época, um câmera do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) registrou o momento em que a roupa de uma das moradoras da casa começou a pegar fogo.

As duas gravações tornaram-se documentos muito importantes, uma vez que o poltergeist é, normalmente, muito evasivo, cessando repentinamente diante de câmeras e de pesquisadores.(...) Na casa, fomos recebidos por Blonilda Andrades Cardoso, de 55 anos, que pacientemente nos descreveu os acontecimentos.

Blonilda, dona da casa, nos acompanhou pelos pequenos cômodos, mostrando a quantidade assustadora de danos causados pela parapirogenia e pelo "quebra-quebra" de objetos lançados por forças paranormais.

No terreno em que estávamos existem três construções: uma de alvenaria, à entrada, que ainda está pronta, e outras duas nos fundos - uma de alvenaria e outra de madeira. Nas duas casas dos fundos o fogo paranormal danificou colchões, lençóis, cobertores e quase todas as peças de roupa da família.

Jorge Luís Andrades, filho de Blonilda, teve de pedir emprestadas para poder ir trabalhar.
Na casa de madeira em que mora Mirian Andrades de 35 anos, irmã de blonilda, nem a máquina de costura escapou do fogo.

Blonilda e seus familiares perderam quase tudo em função da parapirogenia e do vôo dos objetos.

Em casos como esse, em geral existe um epicentro humano, isto é, uma pessoa que, inconscientemente, atua como vetor das forças do poltergeist.

Segundo Blonilda Andrades, desde 10 de maio os fenômenos que vinham ocorrendo na casa cessaram. Naquele mesmo dia, Marli, uma moça que morava com a familia, viajou para Alegrete, no interior gaúcho. A partir dessas informações, foi fácil detectar o epicentro do poltergeist.

Concentrando a atenção no histórico do convivio da jovem com a família, descobrimos que os primeiros fenômenos foram observados ao redor de março de 1988, poucos meses após o início da relação entre eles.

Marli Freitas de Oliveira, de 26 anos, namorada de Jorge Luís Andrades, parece levar consígo o poltergeist para todos os lugares em que vai.

Ela e o namorado moravam num casebre, nos fundos de um terreno que fica quase em frente ao de Blonilda. Naquele terreno, numa casinha de madeira, cerca de 10 metros distante da moradia de Marli, residem Inês Darolt Cardoso, seu marido Jean Danilo Cardoso (também filho de Blonilda) e Gislaine Darolt Cardoso, de 6 anos, filha do casal.

O poltergeist foi observado em todas as casas da família, mesmo quando Marli se encontrava distante, do outro lado da rua.

Curiosamente, o fenômeno não se propagou para nenhuma das casas vizinhas, permanecendo restrito aos ambientes habitados pelos dez componentes da família.

Quando tudo começou, em 1988, a parapirogenia não ocorria. Os fenômenos se limitavam ao deslocamento paranormal de objetos. O fogo foi visto pela primeira vez em 25 de março de 1990.

Em todas as casas, móveis e utensílios foram vistos "voando" e dançando sozinhos. Já em março de 1988, Blonilda acompanhara as andanças de um copo sobre a mesa e os movimentos ordenados das cadeiras, que se moviam como se tivessem inteligência.

A parapirogenia nas quatro casas costuma ser precedida por um cheiro de queimado. O odor surge antes da fumaça e do fogo, colocando todos em alerta. Na casa de Blonilda, um armário incendiou-se por inteiro, queimando uma parte do teto.

A combustão se dá até quando Marli está dormindo. Numa ocasião, o próprio colchão em que ela estava começou a queimar e o fogo chegou a atingi-Ia no pescoço.

Apesar de o fogo espontâneo ser usualmente apagado com água, Inês e Bionilda disseram que, em muitas ocasiões, viram a roupa molhada, pendurada no varal, começar a queimar. Certo dia, a combustão ocorreu em roupas que estavam sob a chuva.

Quando chegamos à Vila Santa Rosa, Marli, o epicentro, estava em Alegrete. Mais tarde soubemos que o poltergeist a acompanhara até lá.

A moça, de acordo com as declarações dos amigos e dos vizinhos, é muito boa e se dá bem com todos. Aparentemente, mostra-se calma e não arruma confusão com ninguém.

É um pouco introvertida e não aprecia falar sobre a sua vida. Apesar do convivio de quase dois anos, ninguém soube esclarecer aspectos sobre o seu passado.

Não sabiam dizer, por exemplo, se Marli tinha uma opção religiosa, nem se é uma pessoa interessada por cultos que lidem com fenômenos psiquicos.

Lucrécia Santa Rosa, de 17 anos, filha de Blonilda, parece ter sofrido efeitos de indução parapsicológica através do contato com Marli. Lucrécia não somente presenciou, inúmeras vezes, parapirogenias e deslocamentos de objetos pelo ar, como também ouviu vozes e foi atacada.

Na casa de Inês e Jean, a porta do banheiro e os móveis de cozinha sofreram fortes estragos por presenças invisíveis.

Lucrécia já viu roupas suas voando e teve um colar arrancado do pescoço sem que ninguém estivesse por perto.

Na escola, sentiu empurrões e leves chutes nas pernas. Com a viagem do epícentro para Alegrete, não sentiu mais nada.

Lucrécia ouvia vozes de crianças chorando e pedindo ajuda. Isso levou todos a pensarem na hipótese de estarem sofrendo uma intervenção espiritual de entidades psi-teta (inteli-gências invisíveis e autonomas).

Passaram a crer que Marli deve ser médium, ou então que é alguém servindo como alvo de zombaria para espíritos malévolos."

7- Santa Rosa, Rio Grande do Sul - 1988.


Leonice Fitz

Leonice Fitz então com 13 anos de idade conseguia movimentar objetos, estourar lâmpadas, e até mesmo manter estranhos ‘diálogos’ com ruídos que se originavam nas paredes de sua casa.

Isso fez com que em pouquíssimo tempo Leonice ficasse conhecida como “ A Paranormal de Santa Rosa” ou “A menina Poltergeist”, entre outros.

Os fenômenos vieram a público em abril de 1988, quando o jornal “Zero Hora” estampou em sua capa, uma foto da menina erguendo o colchão de sua cama sem toca-lo.

De acordo com sua mãe, Ema, hoje com 64 anos, desde bebê ela já mantinha um comportamento esquisito.

Quando em idade escolar, divertia-se fazendo brincadeiras de mau-gosto com os colegas, como fazer voar os bonés dos meninos pelas janelas da sala de aula, e fazer com que pedras da estrada levitassem dançando pelo ar no caminho para casa.

O pai, Arnildo Fitz, falecido em 2003, aos 57 anos, relatava que o caso havia se agravado em Novembro de 1987, quando fatos assustadores passaram a acontecer.

Papéis picados apareciam do nada em baixo da cama da filha, lâmpadas piscavam freneticamente e explodiam logo em seguida, baldes de água se locomoviam sozinhos e colchões se contorciam até dobrar ao meio.

E somente Arnildo era capaz de, com olhares, exercer algum poder sobre as ‘atividades’ de Leonice, assim evitando que ela despedaçasse o restante das louças, que voavam de encontro a parede mais próxima.

Relatos de familiares, vizinhos e amigos constatam que o fato é mesmo verdadeiro, e que na passagem da infância para adolescência para ela era tudo brincadeira, mas com o amadurecimento, foram se tornando incômodas as especulações dos curiosos, a falta de privacidade e a peregrinação que faziam em frente à sua casa.

Com a proporção que os acontecimentos foram provocando, a prefeitura de Santa Rosa pediu ajuda ao padre e parapsicólogo, Edvino Friderichs, que tratou dela até o fim dos anos 80.


- O problema é que ela acha graça quando isso acontece, sem levar em conta que se trata de um desequilíbrio físico e psíquico. - Ressalta o Padre.


Padre Friderichs tentou ensiná-la a controlar o porão obscuro da mente. Não tardou para que com isso uma verdadeira invasão da humilde casa onde moravam fosse desencadeada:
Havia mais de 100 pessoas que faziam de tudo para poder espiarem o que estava ocorrendo dentro da casa. Uns subiam até em mesas e cadeiras.

A BM foi chamada para bloquear a estrada, enquanto se faziam os métodos de relaxamento muscular, que segundo o Padre, iriam acabar com os fantásticos e raros fenômenos.

Não adiantou. Ela seguiu conversando com o além, o interlocutor preferido era o tio-avô Otto Fitz, a quem se atribuíam façanhas como hipnotizar serpentes e adormecer touros bravios.

Enquanto Leonice falava, a alma do antepassado percutia as respostas codificadas na parede. Na época o padre tinha 72 anos.

Os fenômenos, segundo ele, eram provocados pelo poder de sua mente, ou seja, um sexto-sentido anda pouco usado pelos humanos mas que algumas pessoas teriam mais desenvolvido.

Na fase adulta, não parava nos empregos de doméstica, parecia uma feiticeira de avental a assustar as patroas. Numa ocasião, o ferro de passar roupa esquentou, embora estivesse desligado. Em outra, as bocas do fogão a gás se acenderam sem que fossem acionadas.

Leonice manteve um consultório espiritual por 10 anos. Assegurava que seus dotes eram usados para curar pessoas com distúrbios, possessas, que vinham até do Paraguai e da Argentina.

Um dos pacientes mais endiabrados foi um rapaz de Porto Mauá, que atearia fogo em galpões tendo por combustível a força do pensamento.

Um pouco antes de adoecer (Leonice Fitz faleceu em 2010 aos 34 anos vítima de câncer nos ossos). Leonice surpreendeu seu marido, o jardineiro Armindo Herzog, 57 anos.

Os dois foram ao supermercado, Armindo trancara a porta da casa e metera a chave no bolso. Durante as compras, ela avisou:

— Ó, acabei de abrir a nossa casa.

— Não pode. A chave está comigo — protestou o marido.

Ao voltarem, o boquiaberto Armindo deparou-se com a porta escancarada. E não foi obra de ladrões — garantiam os dois.

Em entrevista cedida pouco antes do falecimento, a Leonice enferma não gostava de lembrar-se da Leonice menina, que atraiu exorcistas, caçadores de fantasmas, aloucados e multidões de curiosos ávidos por assistirem a mesas gravitando como espaçonaves.

— Por que tive de ser diferente dos outros? — penalizava-se.
E será que os poderes paranormais continuaram ativos?

Antes de responder, ela acende mais um cigarro - a média era um a cada 10 minutos — apontando para a luz que iluminava o quarto, disse:

— Se quiser, desligo aquela lâmpada, eu desligo. Mas tenho medo de fazer isso e não parar mais. Aí, quem vai me ajudar?

(Obs.: Fátima Regina Machado e Wellington Zangari são pesquisadores, especialistas no fenômeno poltergeist ou RSPK (psicocinesia recorrente espontânea), como é tecnicamente chamado em Parapsicologia, que apresentaram resumidamente três casos investigados pessoalmente por eles no Estado de São Paulo.)

8- Periferia da Zona Leste, São Paulo - 1983.

Uma família entrou em contato com Zangari a fim de esclarecer a respeito de eventos peculiares que ocorriam em sua residência. Assim, o pesquisador esteve presente durante uma semana inteira no local a fim de verificar o que estaria realmente acontecendo.

Segundo testemunhas, "(...) Objetos sumiam para aparecer posteriormente do lado de fora da casa, vultos escuros eram vistos, brisas geladas eram percebidas em determinados pontos da residência e colchões, móveis e roupas eram queimados sem que ninguém tivesse colocado fogo neles.

Tudo acontecia às vistas dos moradores da casa (pai, mãe e três filhos) sem que ninguém fizesse o menor movimento. A família, que era espírita, acreditava que tudo fosse causado pela ação de espíritos desencarnados, que agiam por intermédio do filho mais velho, então com 12 anos de idade.

Apesar da explicação religiosa encontrada pela família, aceitaram que um pesquisador acompanhasse o caso."

Ocorrências foram diretamente observadas pelo pesquisador. A primeira e mais impressionante aconteceu enquanto a família oferecia um lanche à Zangari na cozinha da casa e conversavam a respeito do caso.

Até aquele momento, o pesquisador não observara nenhum evento poltergeist e preparava-se para deixar o local.

Então, de repente, a tampa do bule de alumínio que estava sobre a mesa começou a girar violentamente, deu um salto, bateu no teto e voltou à mesa. Todos ficaram atônitos.

Nenhuma fraude foi detectada, o que não significa que todos os eventos narrados anteriormente fossem genuínos.

“Os fenômenos pareciam estar relacionados ao filho de 12 anos. O garoto dizia ser capaz de se comunicar com os vultos que, segundo ele, faziam exigências absurdas: mudar de casa, trocar de carro, deixar o garoto ficar em casa em vez de ir à escola... As exigências eram atendidas, pois a família temia a represália dos espíritos.

O pesquisador verificou que aparentemente os fenômenos eram utilizados inconscientemente pelo menino como forma de livrar-se de obrigações e também para satisfazer seus desejos e dominar a família.

Sendo então estudante de Psicologia, o pesquisador iniciou uma orientação familiar com a finalidade de discutir e redefinir os papéis familiares.

À medida que o relacionamento familiar foi recuperando o equilíbrio, os fenômenos foram escasseando até cessarem.”

A família preferiu, então, retornar ao acompanhamento espírita ao qual recorrera no início do caso e perderam o contato com o pesquisador.

9- São Paulo - 1994.

Estando em São Paulo, capital, Wellington Zangari ouviu pelo rádio notícias a respeito de “fogos espontâneos misteriosos” que estariam ocorrendo em uma cidade interiorana do Estado.

Relatou a notícia a Fátima Regina Machado e ambos decidiram ir até o local e verificar se seria possível realizar uma investigação sobre os ditos “fogos misteriosos”.

Não foi difícil encontrar o local das ocorrências, pois toda a cidade sabia do episódio e o lugar já se tornara uma espécie de “atração turística”.

O padre local ajudou os investigadores a entrarem em contato com a família que habitava a casa onde os fogos surgiam. Uma primeira entrevista foi agendada para aquele mesmo dia.

A família, composta por marido, esposa e dois filhos, uma criança com cerca de seis meses de idade e a outra com cerca de uma ano e meio de idade.

Nesse primeiro contato, os pesquisadores se apresentaram, falaram de seu trabalho e, basicamente, colheram dados sobre as ocorrências.

O marido estava muito preocupado. Ganhava pouco, a casa era simples, não tinham muita coisa e aqueles pequenos incêndios estavam destruindo o pouco que tinham, como roupas, panos de prato, cortinas, móveis, revistas e papel higiênico.

A esposa era quem estava sempre presente e geralmente identificava os focos de incêndio. As crianças eram muito pequenas e não entendiam o que acontecia.

A esposa supunha que aquele fogo, assim como a queda de certas pedras que, segundo ela, foram atiradas “misteriosamente” em seu quintal, e o sumiço de dinheiro seriam fruto da ação de espíritos ou entidades que estariam habitando o local. O marido não sabia como explicar aqueles fatos.

O padre tentava tranqüilizá-los e confortá-los através da ajuda espiritual. Nesse primeiro encontro, esses foram os dados levantados.

Os pesquisadores passaram dois dias na cidade. Deixaram seu telefone para contato, pedindo para serem informados se as ocorrências se repetissem. Então, retornaram à capital.

Cerca de três dias depois, a "esposa" telefonou aos pesquisadores pedindo socorro, pois os incêndios tinham-se intensificado.

Machado e Zangari, acompanhados do Dr. Paulo Urban, médico psiquiatra e, na ocasião, membro do antigo Eclipsy (hoje, Inter Psi) dirigiram-se novamente ao local das ocorrências, onde permaneceram por três dias.

Fizeram um levantamento da história de vida do casal envolvido nas ocorrências, ouviram a versão de vizinhos e presenciaram muitos incêndios supostamente espontâneos, sempre detectados pela "esposa".

De acordo com tudo o que foi observado, somando-se o testemunho de vizinhos e as características dos depoimentos dados pelo casal, os pesquisadores desconfiaram tratar-se de uma fraude.

Assim, deixaram uma câmera de vídeo ligada registrando todos os movimentos de um determinado local sem que o casal soubesse, enquanto estavam lá aguardando que novos incêndios ocorressem.

Efetivamente esses incêndios ocorreram e flagrou-se a fraude, que está registrada. A "esposa", diante da filmagem, confirmou sigilosamente em um depoimento gravado que estava descontente com seu casamento e estava disposta a acabar com tudo.

O padre que acompanhava o caso teve uma longa conversa com ela e dissuadiu-a a continuar utilizando desses artifícios para resolver seus problemas, caso contrário, teria que entregar o caso à polícia, pois ela estava colocando em risco a vida de sua família.

Os pesquisadores sugeriram um acompanhamento e uma terapia psicológica para a mulher. Decidiu-se omitir do "marido" a constatação da fraude e sua autoria, pois caso ele tivesse acesso a essa informação, as conseqüências poderiam ser trágicas.

Segundo informações fornecidas pelo padre tempos depois, não houve mais ocorrências de “fogos misteriosos” naquela casa.

10- Zona Sul de São Paulo - 1996.

Machado e Zangari receberam um chamado de uma jovem mulher (JM) que vivia na Zona Sul da capital paulista. Ela descreveu brevemente eventos que lhe pareciam estranhos e aconteciam com certa freqüência em sua residência há algum tempo.

Tratava-se principalmente da quebra de copos e pratos de vidro, do aparecimento e desaparecimento de objetos e da ligação espontânea do rádio-relógio e do aparelho de som.

Uma primeira visita foi agendada. Nessa visita, os pesquisadores apresentaram sua forma de trabalho, garantiram o sigilo quanto à identidade das pessoas envolvidas no caso através da assinatura em duas vias de um termo de compromisso, colheram depoimentos sobre as ocorrências e agendaram um novo encontro para dali a dois dias.

Na residência, um apartamento de dois quartos, sala, cozinha banheiro e área de serviço, vivia um casal sem filhos: JM, a esposa com 36 anos de idade, e LK, o marido com 53 anos de idade. As ocorrências começaram com fortes estalidos que o casal ouvia, vindos da cozinha enquanto ambos assistiam à TV.

Na cozinha, aparentemente nada de estranho havia ocorrido, mas depois verificaram que o copo usado por LK para tomar sua habitual dose de uísque antes do jantar estava em pé em cima da pia, mas quando tocado, partia-se.

O fundo saia, como se tivesse sido cortado com diamante. Isto aconteceu por várias vezes, sempre com o copo utilizado por LK.

Por duas vezes, em madrugadas de terça para quarta-feira, às três horas da manhã, o casal foi acordado na primeira vez pelo rádio-relógio do quarto que ligou-se sozinho e, na segunda vez, pelo aparelho de som da sala - “xodó” de LK - que ligou-se sozinho no último volume.

Vale dizer que o rádio relógio fica no criado mudo do lado em que LK dorme. Uma fronha amarela, com velcro, típica de travesseiro de criança apareceu, segundo o casal, misteriosamente no quarto deles.

Um conjunto de vasos de violetas preso a um suporte único que ficava no banheiro desprendeu-se misteriosamente, sem romper as correntes e sem danificar o suporte preso à parede, indo espatifar-se no chão.

Nenhuma janela estava, então aberta; não havia correntes de ar. Um prato, utilizado por LK para jantar e depositado sobre a pia, foi encontrado no dia seguinte: parte em cacos dentro da pia, limitando-se a um dos lados da cuba, e outra parte, meia borda, no chão, virada para baixo, como que cortada com um diamante.

Foram realizadas, ao todo, três visitas de cerca de três horas ao local. Essas visitas ocorreram em um intervalo de vinte dias.

Desde que os pesquisadores começaram a lidar com o caso, nenhum dos eventos descritos ou qualquer outro do mesmo tipo voltou a acontecer.

Depois de longas conversas com o casal acerca de seu relacionamento e de seus hábitos de vida - detalhes que não cabe aqui colocar, não só pelo limite de espaço, mas também pelo sigilo assumido - concluiu-se que JM desejava ardentemente ter um filho e LK, que a princípio resistia a essa idéia, depois passou a não dar importância a ela.

O casal confessou que discutia freqüentemente sobre o assunto e JM colocava no marido a culpa por não conseguir engravidar. Ela, que tentava engravidar há meses e não conseguia, fez uma série de exames e constatou ter perfeitas condições físicas para ser mãe.

Pediu ao marido para que fizesse exames para verificar se tinha algum problema. Ele recusava-se a fazê-los. Para JM, uma família só seria completa se composta por pai, mãe e filhos.

Ela conserva o segundo quarto da casa decorado como um quarto infantil, cheio de brinquedos e bonecas. Demonstrou ter muito ciúme especialmente de uma boneca, não permitindo nem que a pesquisadora a tocasse.

As ocorrências narradas pareciam todas traquinagens de criança. Aparentemente, JM estaria punindo LK por seu desinteresse em ter filhos, quebrando e bulindo com suas coisas. Quando deu-se conta disso, JM ficou estarrecida.

Depois de uma breve terapia de casal, LK disse que faria os exames e ambos se comprometeram a realizar exames encefalográficos para serem arquivados junto com os dados colhidos. Foram aplicados testes psicológicos ao casal.

Machado e Zangari ainda não receberam os EEGs prometidos. Até onde se tem notícia, os fenômenos cessaram.

O Poltergeist de Rosenheim


 

 

 

 

 

 

 

Annemarie Schneider

Os fenômenos extraordinários que aconteceram em novembro de 1967 na Alemanha, em Rosenheim, na Baviera, não foram somente examinados por psicólogos ou por parapsicólogos.
Ao mesmo tempo que o professor Hans Bender do Institut fur Grenzgebiete der Psycologie (Freiburgo) (Instituto para as fronteiras da psicologia em Friburgo, Brisgau), dois físicos, F. Karger e G. Zicha, os estudaram de forma aprofundada.




Depois dos romanos ao menos, reconheceram-se os fenômenos em que há uma absorção de energia: a temperatura baixa.Mas o fenômeno de Rosenheim absorve também energia elétrica. É, portanto, novo e merece um estudo sério.Em novembro de 1967, num tabelionato de Rosenheim, tubos luminosos de 2,50 metros no teto se puseram a desparafusar-se sozinhos. Os disjuntores saltavam sem motivo. Os líquidos da máquina de fotocópia saíam das cubas e saltavam, sujando tudo. Os quatro telefones soavam ao mesmo tempo, sem ninguém na linha. As contas de telefone eram enormes: o alarme tocava milhares de vezes.Um primeiro estudo do fenômeno foi feito pela companhia de eletricidade e a Sociedade Siemens, assim como pela televisão alemã, que apresentou o fenômeno em duas emissões. Depois o professor Bender foi convocado. Constatou-se que o fenômeno se produzia sempre em presença de uma empregada de 19 anos, que designaremos sob a abreviação de Anne-Marie Scheider.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


A polícia criminal, por sua vez, por queixa do diretor do escritório, Herr Adam, abriu um inquérito.Nenhuma fraude foi constatada. Registrou-se, por exemplo, uma rotação de 320º em um quadro suspenso na parede. Esta rotação pareceu ser produzida por forças paranormais. Os tubos luminescentes foram substituídos por lâmpadas incandescentes, que estouraram. Na presença de peritos, gavetas se abriam sozinhas e um classificador, pesando 175kg, afastou-se 30cm da parede.


Fraulein Schneider ficou doente, recolheu-se em sua casa, onde os mesmos fenômenos se produziam. Mudou de emprego: os mesmos fenômenos se produziam.Instrumentos de medida mostravam que o fenômeno absorvia energia elétrica. O mesmo fenômeno toca o alarma cinco vezes por minuto, sem se tocar no mostrador!

 

 

 

 

 

 

 

 

Os impulsos apareciam diretamente na linha. Algumas análises foram feitas em Fraulein Schneider, e demonstraram que os fenômenos estavam ligados a estados de hipertensão.Pelo que se pode julgar, ela não teve nenhuma intenção maldosa ou hostil e toda sua atitude parecia mostrar que ela queria ajudar o patrão Herr Adam, e mesmo porque estes fenômenos a inquietavam muito.Se bem que em licença médica, ela comparecia ao escritório quando lhe pediam, o que permitiu estabelecer correlação séria entre os fenômenos e sua presença.Foi também submetida a testes de parapsicologia. Durante seus momentos de tensão, ela manifestava faculdades de clarividência de nível elevado. As últimas experiências desta jovem são bastante desalentadoras. O fenômeno em questão, tendo aparentemente seguido-a na rua, entrou com ela num boliche, cujo responsável era o noivo da moça. Todo o dispositivo elétrico de registro do boliche desarranjou-se e o noivo, aterrorizado, rompe o noivado. Após isso, ela caiu doente. Este drama mostra que Fraulein Sch. não tinha nenhum interesse em organizar essas manifestações mesmo que pudesse. 

 

 

 

 


 

 

 

 

As manifestações em questão, notadamente os chamados do telefone automático, exigiriam uma potência mental extremamente elevada e o exercício de sentidos que o homem não possui ou que lhe são ainda desconhecidos. Trata-se, com efeito, de emitir, à distância, sinais elétricos e de enviá-los a uma linha com uma precisão da ordem de milésimos de segundo. Nenhum ser humano possui normalmente tais poderes e isso é que mais inquieta neste fenômeno. O estudo dos físicos F. Karger e G. Zicha mostra que o fenômeno de Rosenheim parece fazer oscilar a agulha de um instrumento de medida, sem que nenhum fenômeno natural o explique. As seguintes causas naturais foram examinadas e eliminadas:




1) As variações de voltagem das linhas (apesar da deflexão registrada, a voltagem permanecia constante).


2) A voltagem de alta frequência desmodulada composta com característica não linear (nada de sinal na sonda de tensão, investigação feita por um gerador de sinal de 100 watts).

3) Carga eletrostática.

4) Campo magnético estático externo (nada de sinal na sonda de campo magnético).


5) Mau contato no sistema de amplificação eletrônica, mecanismo desordenado no registrador. Os mesmos fenômenos foram produzidos com um segundo registrador totalmente novo: hipótese rejeitada.


6) Efeitos de ultra-som ou infra-som, fortes vibrações.


7) A hipótese de fraude por intervenção humana manual no registrador foi totalmente eliminada.


 

Foi também detectado, colocando-se um microfone, um sinal de amplitude de 10 volts que bem parece ser o resultado de uma pressão mecânica para-normal sobre o cristal do microfone. Nenhum som foi ouvido. O microfone estava sob vigilância e ninguém se aproximou. Quando se registraram impulsos anormais de corrente, constataram-se deslocamento do lápis registrador correspondentes a correntes de 20 ampéres. Nenhuma corrente foi detectada. Os registradores empregados eram todos do tipo padrão e perfeitamente regulados. A rotação de um quadro foi registrada no escrinio por um dispositivo Amplex Videó Recorder, do tipo correntemente utilizado em TV. Foi a primeira vez que um dispositivo desse gênero registraria fantasmas...


Conhece-se bem um caso na Grã-Bretanha, onde uma câmara de televisão com a qual procurava-se registrar um fantasma em uma casa assombrada, foi puxada por mãos invisíveis e caiu no vão da escada, apesar do câmera-man. Mas a partir desse dia nunca mais se viu aparelhagem eletrônica padrão registrar fenômenos de origem paranormal. Por esta razão, o caso Rosenheim permanecerá histórico.


É preciso acrescentar, sob o plano da eletrônica, que os fenômenos continuam ainda, quando se alimenta o local com acumuladores sem ligá-lo ao setor. Isto elimina a possibilidade de irregularidades do setor, aliás elas teriam sido detectadas pelo serviço de manutenção que vigiou, durante toda a duração dos acontecimentos, um registrador Siemens Unireg na linha de chegada da corrente. A única coisa interessante no relatório do serviço de manutenção é o testemunho de um empregado, que viu Fraulein Sch. passar no corredor e constatou que as lâmpadas balançavam-se atrás dela. 

O exame médico de Anne-Marie Schineider mostrou espasmos musculares inquietantes de um tipo histérico, que cessavam quando ela deixava o tabelião. Os pais de Anne-Marie, se opuseram a um interrogatório e a um tratamento hipnótico. Talvez eles tivessem razão; o hipnotismo é um fenômeno ainda mal conhecido.


Para resumir: os relatos das testemunhas, os relatórios da polícia, os relatórios do serviço de manutenção da rede elétrica de Rosenheim, os relatórios dos parapsicólogos e dos físicos concordam: fenômenos de origem desconhecida se desenrolam em Rosenheim. Esses fenômenos são tipo poltergeist (ou "espíritos brincalhões"). Constataram-se em toda parte e em todas as épocas. São muitas vezes acompanhados pela presença de adolescentes ou raparigas, mas não sempre.


O escritor inglês Arthur Machen, que fez várias pesquisas a esse respeito para jornais, recebeu numerosos testemunhos controlados, de casos onde nenhum adolescente estava presente. Entre esses testemunhos, havia um de um verdadeira perseguição numa pensão familiar de Londres, onde havia apenas pensionistas idosos e o testemunho de um bispo anglicano que viu, na África, uma choça literalmente picotada e reduzida a pequenos pedaços, na presença de várias centenas de testemunhas. Esta choça, que havia sido evacuada, fora habitada por um casal de velhos e nenhum adolescente se achava presente. Não há nenhuma hipótese, nem mesmo nenhuma correlação suficientemente precisa para ligar os fenômenos a forças naturais conhecidas.


Pela primeira vez em Rosenheim, nota-se uma correlação com a eletricidade. É possível que a mesma correlação poderia ter constatado, no passado, fenômenos elétricos com os instrumentos, detectando-os e registrando-os.


Plínio, o Velho, descreveu um caso muito análogo ao de Rosenheim, mas não dispunha evidentemente das idéias nem dos instrumentos que lhe teriam permitido verificar como os fenômenos se produziam. É necessário salientar o valor dos Drs. Karger e Zicha, que estudaram o fenômeno sob o plano científico. Fazem eles parte do Instituto de Plasmafísica Max-Planck em Munich-Garching, uma instituição científica das mais idôneas. O fato de serem autorizados a participar do inquérito e a fazer um relatório, que possuo, é a prova de uma abertura de espírito muito rara entre os cientistas oficiais.

Também a polícia, o serviço de distribuição elétrica e a televisão alemã provaram, neste caso, uma compreensão e uma larga visão absolutamente notáveis. A própria polícia aceitou uma queixa contra X, mas não mudou de "espírito" até o presente. É preciso dizer que o local do fenômeno não era um castelo maldito e discutível, mas um escritório de um advogado alemão e não se pode imaginar nada de frívolo.

Pequenos efeitos psicocinéticos, onde a vontade humana parece agir sobre a matéria, parecem ter sido constatados pelos pesquisadores, embora outros o desmintam.


Mas nunca um efeito com deslocamento de 30cm de um objeto de 175kg foi observado em laboratório, nem em outros lugares. Se existe uma força da natureza desconhecida emanando do espírito humano e agindo sobre a matéria, ela pode igualmente agir com elétrons que são materiais, produzindo assim uma corrente elétrica. Ou ainda, agir nas molas de um mostrador telefônico automático, ou sobre uma agulha de um instrumento de medida. 

A força de Rosenheim produzia fenômenos que, segundo o professor Bender, "deveriam ser dirigidos por uma inteligência possuidora de um conhecimento técnico perfeito, capaz de estimar intervalos de duração na ordem de milésimos de segundo".

É o que há de novo e assustador no fenômeno de Rosenheim: estão em progresso fenômenos análogos. Ao lado de nova vida, uma outra vida de natureza elétrica está acabando de nascer e de evoluir?

Vai um dia apoderar-se de nossas máquinas, como na terrificante novela de Theodore Sturgeon "Killdozer"?